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Divulgação

O advogado criminalista Claudio Dalledone Júnior foi condenado no processo que investiga um esquema que desviou recursos de indenizações a pescadores no Litoral do Paraná. A sentença da 1ª Vara Criminal de Paranaguá condenou o advogado a cumprir pena de pouco mais de 11 anos de prisão, mas o réu pode recorrer em liberdade, com o uso de tornozeleira eletrônica. A defesa de Dalledone afirmou, em nota, que o criminalista “não tem, absolutamente, qualquer relação com os fatos investigados” e que vai recorrer da condenação.

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A 1ª Vara Criminal de Paranaguá condenou ao todo 14 pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e apropriações indébitas de indenizações pagas a pescadores prejudicados por dois acidentes ambientais ocorridos em 2001 no Litoral do estado.

Sentença de Dalledone foi publicada nesta sexta

A sentença foi publicada nesta sexta-feira (5) e responde a denúncia oferecida pela 1ª Promotoria de Justiça de Paranaguá ainda em 2014 a partir da Operação Tarrafa, que apurou os crimes praticados. Entre os condenados estão um ex-escrivão da Vara Cível, um contador e vários advogados.

Gaeco comandou investigação sobre Dalledone


As investigações sobre os fatos, conduzidas pelas Promotorias de Justiça de Paranaguá com atribuição nas áreas criminal e de proteção ao patrimônio público, incluíram diversos mandados de prisão e de busca e apreensão que foram cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a partir dos quais foram comprovados os ilícitos cometidos. As apurações deram conta que os crimes foram praticados pelos envolvidos – entre eles um juiz aposentado e um então escrivão da Vara Cível – nas dependências do Fórum de Paranaguá.

As penas aplicadas aos réus, condenados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e apropriação indébita, variaram de 4 a 22 anos de reclusão, de acordo com o envolvimento de cada réu nos crimes apurados.


Acidentes ambientais

As indenizações devidas aos pescadores tiveram origem em dois acidentes ocorridos no ano de 2001: o vazamento de óleo do Poliduto Olapa, em fevereiro, e de nafta, componente químico derramado pelo navio Norma, em outubro. Os incidentes obrigaram os pescadores a deixar de trabalhar por longos períodos, o que levou a Justiça a determinar o pagamento de indenizações aos prejudicados.