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Caminhada na Rua XV no ano passado (Hully Paiva/SMCS)

Curitiba terá a 2ª Caminhada alusiva ao Dia Estadual de Combate ao Feminicídio no dia 22 de julho. A data foi instituída em memória da advogada Tatiane Spitzner, vítima desse crime, e será marcada por ações de prevenção e conscientização sobre a violência contra a mulher. O evento é organizado pelo Governo do Paraná e tem apoio da Prefeitura de Curitiba, por meio da Assessoria de Direitos Humanos – Políticas para as Mulheres e da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba. A Ordem dos Advogados do Paraná (OAB-PR) já marcou presença no evento.

Na capital, a concentração será na Praça Santos Andrade, às 11h30. Ao meio dia os participantes seguirão em direção à Praça Osório. Outros municípios também já confirmaram iniciativas semelhantes e contarão com o apoio das subseções da OAB.

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Os dados apontam para a gravidade da situação no estado. Apenas em 2023, foram registradas 231.864 ocorrências em todo o estado, conforme relatório do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape), vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP-PR).

A advocacia paranaense marcou presença na última edição da caminhada do Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A mobilização contou com a presença da conselheira federal Cristiane Damasceno, presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, que veio à capital paranaense especialmente para o evento

O que é feminicídio?


O feminicídio é um crime caracterizado pelo assassinato de mulheres, lésbicas, travestis e transexuais em situações de violência doméstica ou discriminação de gênero. É importante, no entanto, diferenciá-lo de outros assassinatos, como os ocorridos em assaltos, classificados como latrocínios.

Relembre o caso de Tatiane Spitzner

Luis Felipe Manvailer foi condenado a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão pelo homicídio qualificado da esposa, Tatiane Spitzner, em júri popular no dia 11 de maio de 2021, após sete dias de julgamento.

A advogada paranaense Tatiane Spitzner foi encontrada morta no dia 22 de julho de 2018, após queda do quarto andar do apartamento onde morava, na cidade de Cascavel, no Paraná, com o marido Luís Felipe Manvailer.

Apesar de, na época, ter negado a autoria da morte da esposa, imagens do elevador daquela noite mostram agressões físicas cometidas pelo marido antes dos dois entrarem em casa. Além disso, o IML (Instituto Médico Legal), chegou a emitir um laudo em que afirma que ela morreu ao ser esganada e antes de cair do prédio.

O júri acatou a denúncia feita pelo Ministério Público que diz que Manvailer agrediu, asfixiou e matou Spitzner e depois lançou seu corpo pela sacada.