Eclipse anular do sol acontece no dia 2 de outubro

Redação Bem Paraná
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Eclipse anular do sol (Pref. Canaã dos Carajás)

No próximo dia 2 de outubro acontece um fenômeno astronômico que promete encantar os observadores: um Eclipse Anular do Sol. Este fenômeno ocorre quando a lua se alinha entre a Terra e o sol e o seu diâmetro aparente está menor do que o sol. Assim, a sombra da lua não cobre totalmente o sol, criando um “anel de fogo” no céu. Este eclipse será visto como anular em uma estreita faixa que passa pelo oceano Pacífico, oceano Atlântico e no extremo sul da América do Sul, incluindo Chile e Argentina. No Brasil será visível na parte sul das regiões sudeste e centro-oeste e em toda a região sul. Quanto mais ao sul, maior será a área eclipsada, conforme explica a astrônoma do Observatório Nacional (ON/MCTI), Dra. Josina Nascimento. De acordo com a astrônoma, eclipses da lua e do sol costumam ocorrer em sequência. Isso se deve à inclinação da órbita da Lua em relação à Terra. No caso deste eclipse anular, ele faz par com o eclipse parcial da lua que aconteceu na noite de 17 para 18 de setembro e foi visível até em Curitiba.

Tanto no eclipse total quanto no anular a lua se alinha entre a Terra e o sol, bloqueando toda ou a maior parte da luz do sol em uma parte da superfície da Terra. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada e o eclipse é visto como parcial.

“Esse tipo de eclipse ocorre quando a lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, ou próxima deste ponto, fazendo com que pareça menor do que o sol no céu. A frequência com que os eclipses do Sol ocorrem é em média 2 vezes por ano, podendo ser somente parciais, anulares ou totais. O último eclipse anular do Sol ocorreu em 14 de Outubro de 2023 e foi visto em uma parte do Brasil”, esclarece Josina.

Como observar o eclipse
Para aqueles que pretendem observar o eclipse, é importante estar em um local com vista desimpedida para o oeste, uma vez que o evento ocorrerá próximo ao pôr do sol. No Rio de Janeiro, por exemplo, o eclipse parcial começará às 17h01, atingirá seu máximo às 17h42, e o Sol se porá às 17h52.

A Dra. Josina alerta para os cuidados necessários para observar os fenômenos: “em hipótese alguma olhe diretamente para o Sol sem proteção adequada. Óculos escuros, chapas de raio-X ou outros filtros caseiros não protegem contra os danos. É essencial utilizar filtros certificados, como os óculos especiais para observação solar ou vidros de soldador 14”.

Observatório Nacional transmite ao vivo
O Observatório Nacional fará uma transmissão ao vivo do eclipse anular para que todos possam acompanhar o fenômeno com segurança em seu canal no YouTube. A transmissão será feita em parceria com astrônomos do Projeto “Céu em sua Casa: observação remota” e com o Time And Date, organização internacional que fornece serviços relacionados ao tempo, clima, fenômenos astronômicos e fusos horários.