Em tempos de mudanças climáticas, a agenda de transformação ecológica precisa ser entendida pela sociedade como um dos principais motores do desenvolvimento, afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, em debate na tarde desta quarta-feira, 28, e durante conferência do Santander.

“A transformação ecológica é a menina dos olhos da Fazenda e do ministro, Fernando Haddad”, disse o secretário. “É a maior oportunidade de um caminho de retomada do crescimento econômico do País”, completou, citando a necessidade de ir em direção a uma sociedade de baixo carbono.

“A urgência pede algo mais enfático e a transformação ecológica é a síntese, tem seis eixos, um de finanças sustentáveis”, disse o secretário. Mello citou que a agenda inclui também a captação de recursos, e citou que o governo já emitiu títulos verdes no exterior e deve fazer outras emissões semelhantes.

No mesmo debate, o coordenador-geral de Políticas de Mitigação, Adaptação e Instrumentos de Implementação do Ministério do Meio Ambiente, Érico Rocha, ressaltou que o Plano Clima quer garantir que em todas as politicas setoriais do governo a variável climática seja inserida.

O sócio de praticas ESG da Mattos Filho Advogados, Antônio Reis, falou da necessidade fundamental de ter segurança jurídica no Brasil. “Não adianta mostrar o potencial natural se o investidor não sabe as regras mínimas. Temos de implementar as leis, trazer as definições e ter lógica do ponto de vista de Estado.”