Ampliar desestatização de gás onshore é debate que precisa ser aprofundado, diz ministro

Estadão Conteúdo

O ministro dos Transportes, Renan Filho, defendeu nesta terça-feira, 24, que o País deve “ampliar a desestatização de gás onshore” para reduzir o preço e dar mais competitividade ao insumo. “É uma discussão que precisa ser mais aprofundada, mas é o caminho que eu defendo”, disse o ministro.

Pouco antes, em palestra, discorrendo sobre a necessidade de baratear o combustível, o ministro havia sugerido a redução da participação da Petrobras no segmento, explicando que a petroleira é responsável por 80% da produção no País e mantém a paridade internacional, o que puxa os preços para cima.

Após o debate, em entrevista coletiva, Renan Filho refletiu sobre a atuação da petroleira. “A Petrobras não precisa baixar a participação dela no gás. Às vezes, até a presidente da Petrobras Magda Chambriard quer ampliar a produção de gás. O presidente Lula quer ampliar. Mas a própria corporação olha para onde ganha mais”, disse o ministro, lembrando que a companhia privilegia o óleo, pois oferece maior rentabilidade.

“O país precisa atrair novos investimentos privados para dividir a responsabilidade sobre a produção de gás”, opinou, citando empresas de menor porte do setor. Renan Filho participou do evento Rio Oil & Gas, na zona central da cidade. “O ideal é que outras empresas menores entrem no gás.”