Aumento de novos empréstimos do governo da China é ponto-chave, aponta Capital Economics

Estadão Conteúdo

Toda a atenção do mercado estará voltada para a “crucial” coletiva de imprensa convocada pelo Ministério de Finanças da China, neste sábado, 12, de acordo com a Capital Economics. Em análise, a consultoria projeta que a meta de crescimento chinesa é atingível, mas reforça que para evitar uma desaceleração no ano que vem, seria necessário um aumento substancial em novos empréstimos, “preferencialmente liderados pelo governo central e destinados a apoiar o consumo”.

No documento, a Capital pontua que um pacote fiscal bem-sucedido, que pode ser anunciado amanhã, exige uma propensão para a emissão de títulos soberanos e/ou permissões para que os governos locais usem seus títulos especiais de novas maneiras, o que desbloquearia gastos adicionais.

A consultoria, no entanto, menciona que as injeções de capital não serão muito eficazes para elevar o crescimento dos empréstimos, que está sendo limitado pela fraca demanda do país. Para a perspectiva de longo prazo, seria necessário uma “reorientação mais fundamental das prioridades do governo”.

“A meta de crescimento de 2024 de “cerca de 5,0%” ainda atingível, mas achamos que manter o crescimento neste nível no próximo ano exigiria um pacote fiscal maior, envolvendo uma expansão adicional de 1,5% do PIB do déficit orçamentário. Mesmo isso forneceria apenas suporte temporário para a economia”, explica.