casa propria
Imagem ilustrativa (Canva)

De acordo com o Raio X do Investidor, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o financiamento imobiliário é a segunda opção mais procurada de investimento. No atual cenário econômico, o financiamento imobiliário se destaca como uma das modalidades de crédito mais disputadas pelos brasileiros.

Nesse contexto, compreender os fatores que influenciam a aprovação do crédito é muito importante e a pontuação de crédito se destaca como um dos principais determinantes para o sucesso dessa aprovação.

“No mercado, a pontuação de crédito é uma ferramenta estratégica para conhecer o perfil do cliente e avaliar as chances de ele cumprir com seus compromissos financeiros”, analisa Paulo Antonio Kucher, vice-presidente comercial da Lyx Participações e Empreendimentos, incorporadora que atua no segmento Minha Casa Minha Vida (MCMV).

A pontuação de crédito nada mais é do que um índice que os bancos e instituições financeiras utilizam para avaliar o risco de conceder crédito a uma pessoa. Ele varia de 0 a 1000 e, quanto maior a pontuação, melhores são as chances de a pessoa conseguir um financiamento. Para um crédito ser considerado bom, a classificação deve ser superior a 500 pontos. Abaixo dessa pontuação, as chances de aprovação são bem menores.

Faixa de Pontuação – Nível de Classificação – Interpretação

0 a 300 – Muito baixo – Probabilidade muito baixa de obter crédito

301 a 500 – Baixo – Probabilidade baixa de obter crédito

501 a 700 – Bom – Probabilidade razoável de obter crédito

701 a 1000 – Excelente – Probabilidade muito alta de obter crédito

A pontuação baixa é influenciada por diversos fatores, como atrasos no pagamento de contas, inadimplência, acúmulo de dívidas e a falta de um histórico de crédito consistente. “Muitas vezes, o score de crédito reflete a falta de compromisso com as obrigações financeiras, mas também pode ser influenciado por situações imprevistas que afetam a capacidade de pagamento do consumidor,” explica Kucher.

Para aumentar a pontuação de crédito, é fundamental adotar boas práticas financeiras. Pagar as contas em dia, negociar dívidas pendentes, evitar a solicitação excessiva de crédito e manter os dados cadastrais atualizados. Essas são algumas das ações que podem contribuir para a melhoria da pontuação. Além disso, aderir ao Cadastro Positivo, ferramenta do Serasa que auxilia consumidores a criarem um perfil positivo de crédito, pode ajudar a construir uma boa imagem perante as instituições financeiras. Também é importante lembrar que o cadastro na plataforma tem peso de 50% no score de crédito.

Além da pontuação de crédito, outros fatores são analisados pelas instituições financeiras, como o histórico de relacionamento do cliente com a empresa e o valor do financiamento solicitado. “Mesmo com uma pontuação alta, um financiamento que extrapole a capacidade financeira do cliente dificilmente será aprovado”, esclarece o especialista. “A prioridade é garantir que os clientes possam assumir compromissos financeiros que estejam dentro de sua realidade econômica”.

Outro ponto relevante é que as parcelas do financiamento não devem ultrapassar 30% da renda bruta da família. Portanto, em tempos de alta nos juros, as parcelas podem se tornar mais caras, superando o teto de endividamento permitido e impedindo a finalização dos contratos.

De acordo com o Cadastro Positivo da Serasa, o uso de financiamento imobiliário no país chegou a 7,6% até setembro de 2020. A partir disso é possível perceber a relevância desse tipo de crédito para os brasileiros, reforçando a importância de manter uma boa pontuação de crédito. A disciplina financeira e o planejamento são essenciais para garantir a viabilidade de alcançar o sonho da casa própria e acessar as melhores condições de financiamento disponíveis no mercado.