Confiança do comércio sobe 1,1 ponto em setembro ante agosto, para 90,2 pontos, diz FGV

Estadão Conteúdo

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) avançou 1,1 ponto na passagem de agosto para setembro, para 90,2 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador ficou estável.

“A confiança no comércio tem registrado oscilações nos últimos meses, em meio às incertezas quanto ao cenário futuro. O índice de expectativas tem variado de forma instável, ao passo que o índice de situação atual, que sofreu uma queda acentuada em maio em decorrência do desastre ambiental ocorrido no Rio Grande do Sul, vem apresentando uma recuperação gradual, retornando ao nível observado em março deste ano. Apesar do afrouxamento monetário observado desde 2023, as taxas de juros voltaram a subir e os níveis persistentes de endividamento podem impedir um aquecimento significativo do varejo no quarto trimestre, período marcado pelo aumento das vendas durante a Black Friday e o Natal”, avaliou Geórgia Veloso, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 1,1 ponto em setembro, para 93,0 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) cresceu 1,0 ponto, para 88,0 pontos.

Entre os quesitos que compõem o IE-COM, o item que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses caiu 0,4 ponto, para 84,7 pontos, quinto recuo seguido, enquanto as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses cresceram 2,4 pontos, para 91,6 pontos.

No ISA-COM, o item que avalia o volume de demanda atual recuou 1,9 ponto, para 90,8 pontos. No entanto, as avaliações sobre a situação atual dos negócios cresceram 4,2 pontos, para 95,4 pontos.

“Em setembro, a alta da confiança ocorreu em três dos seis principais segmentos do setor”, frisou a FGV.

No encerramento do terceiro trimestre, porém, a confiança do comércio ficou 2,4 pontos abaixo do desempenho do segundo trimestre.

“O desastre ambiental em maio impactou pontualmente a demanda, mas o varejo tem mostrado sinais de recuperação, aproximando-se gradualmente dos níveis observados antes do choque”, apontou a FGV.

A Sondagem do Comércio de setembro coletou informações de entre os dias 1º e 24 do mês.