Horário de verão (Franklin de Freitas)

O governo federal não deve adotar o horário de verão neste ano. O anúncio foi feito pelo ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira em coletiva nesta tarde de quarta-feira (16). O horário de verão ainda em 2024 era uma alternativa para enfrentar a escassez de chuvas em algumas regiões do País, reduzindo o impacto no horário de pico.

O ministro, que chegou a defender a medida, disse que para este ano ainda há segurança energética, mas que o horário de verão deve ser reconsiderado em 2025.

Essa política geralmente era adotada no mês de outubro de cada ano, até fevereiro do ano seguinte. Tendo em vista o cenário hidrológico desfavorável do momento, com o acionamento mais frequente de termelétricas, mais caras, o retorno do horário de verão chegou a ser apontado como uma realidade “premente” pelo ministro Silveira, em manifestação pública.

O horário brasileiro de verão funcionou até 2018. Em 2019 foi extinto pelo governo Bolsonaro que já não via eficiência e ganhos com a medida.

O horário diferenciado era aplicada nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e também no Distrito Federal.

Neste ano, com a estiagem atingindo várias regiões brasileiras, e com os níveis dos reservatórios das hidrelétricas mais baixo, a adoção do horário de verão poderia ter algum efeito para não sobrecarregar ainda mais o sistema.

Em setembro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) chegou a divulgar uma nota técnica avaliando que a volta dessa política poderia trazer maior eficiência ao Sistema Interligado Nacional (SIN), especificamente no atendimento entre 18 horas e 20 horas. É nesse período que o sistema fica mais pressionado.