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Consumo em alta e preços também: despesa do paranaense subiu 12,6% (Franklin de Freitas)

As despesas das famílias paranaenses com alimentação e bebidas devem somar R$ 61,2 bilhões em 2024, o que representa um aumento de 12,6% em relação ao ano passado. Em 2023, os gastos com esses mantimentos somaram R$ 54,3 bilhões. Os dados são da pesquisa IPC Maps e levam em conta tanto despesas com alimentação e bebidas no domicílio quanto fora dele.

A alta não é reflexo apenas do consumo em ascensão, mas também do aumento dos preços dos produtos. A pesquisa mais recente do Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR-Alimentos e Bebidas) revelou que o Paraná registrou, em setembro, alta de 0,72%.

A maior variação mensal ocorreu em Ponta Grossa, 1,44%. Na sequência estão Foz do Iguaçu (0,78%), Curitiba (0,68%), Londrina (0,61%), Cascavel (0,54%) e Maringá (0,29%). Mesmo com a elevação registrada, 11 dos 35 produtos que compõem o IPR tiveram queda nos preços, com destaque para a cebola (-18,73%), batata-inglesa (-6,58%) e alho (-4,35%).

Com o consumo em alta, também sobe a quantidade de serviços alimentícios. Segundo o IPC Maps, de 2023 para cá, 43.826 novas unidades foram abertas — um acréscimo de 2,7% —, totalizando atualmente 1,6 milhão de estabelecimentos existentes no País.

Inflação

A inflação avançou no mês de setembro para todas as faixas de renda, em relação a agosto. Houve alta generalizada para todas as famílias brasileiras, mas o aumento dos preços foi mais significativo para aquelas de renda mais baixa.

Para os domicílios com renda muito baixa, a taxa de inflação avançou de -0,19%, em agosto, para 0,58%, em setembro. Entre as famílias de renda mais alta, o índice aumentou de 0,13% para 0,33% no período.

Incluindo os dados de setembro, a faixa de renda baixa é a que registra a maior alta inflacionária no acumulado do ano (3,43%), enquanto o segmento de renda alta apresenta a taxa menos elevada (2,92%).

Os grupos alimentos e bebidas e habitação foram os principais pontos de descompressão inflacionária para praticamente todos os estratos de renda. Enquanto as famílias de renda mais baixa foram impactadas pelas altas dos alimentos no domicílio e das tarifas de energia elétrica, as de renda alta, mesmo diante de uma pressão vinda dos reajustes das passagens aéreas, tiveram uma aceleração inflacionária um pouco menos intensa no período, tendo em vista que a contribuição vinda dos aumentos dos alimentos e da energia foi proporcionalmente menor que a observada nas primeiras faixas de renda.