Ouro fecha em alta, de olho em tensões no Oriente Médio e expectativas sobre Fed

Estadão Conteúdo

O ouro fechou o pregão em alta nesta quarta-feira, 16, perto da máxima histórica, com o mercado voltado para as tensões no Oriente Médio e tendo o metal como refúgio seguro. Os investidores continuam com olhares atentos aos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na busca de pistas sobre possível corte na taxa de juros.

O metal precioso também se beneficia da queda dos rendimentos do Tesouro dos EUA, enquanto o mercado aguarda dados econômicos importantes.

O ouro para dezembro fechou em alta de 0,46%, a US$ 2691,30 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O mercado espera um corte menor, de 25 pontos-base, na taxa de juros pelo Fed em sua próxima reunião, expectativas que podem fortalecer o dólar e limitar o impulso de alta do ouro, diz Bas Kooijman, executivo-chefe e gerente de ativos da DHF Capital, em uma nota.

Os investidores também estão aguardando os dados de vendas no varejo, produção industrial e pedidos de auxílio-desemprego dos EUA, que serão divulgados na quinta-feira, para obter mais pistas sobre a flexibilização monetária do Fed.

Ao mesmo tempo, o ouro está sendo sustentado por tensões geopolíticas, incertezas sobre as eleições nos EUA e temores econômicos chineses, acrescenta ele.

Não se espera que nem Trump nem Harris pressionem por austeridade fiscal, “o que aumenta os riscos de inflação e poderia apoiar ainda mais o ouro”, diz a Sucden Financial, em análise. No entanto, em última análise, a trajetória do metal precioso será mais influenciada pelas ações do Fed, com taxas de juros mais baixas tornando o ouro mais atraentes para os investidores, afirma a Sucden Financial.

*Com informações da Dow Jones Newswires