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(Franklin de Freitas/Arq. BP)

A maioria das pessoas considera mais vantajoso comprar que alugar um imóvel. É o que mostra pesquisa divulgada pelo Grupo OLX. A pesquisa revelou que, para 70% dos respondentes adquirir um imóvel é mais vantajoso do que alugar um.

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    Essa é uma das constatações da pesquisa “Mitos e Verdades sobre o Setor Imobiliário”, encomendada pelo Grupo OLX à MindMiners, que visa esclarecer o que os consumidores pensam quando se trata tanto do processo de compra ou locação de um imóvel.

    A pesquisa permitiu identificar percepções que vão desde entender as vantagens de antecipar parcelas do financiamento, ou seja amortizar o pagamento; adquirir a unidade na planta; e até quais são as responsabilidades do proprietário e do inquilino, no caso de aluguel.

    O VP de Imóveis do Grupo OLX, Rafael Nader, explica que é comum encontrar uma variedade de crenças e percepções que influenciam as decisões dos compradores e locatários.

    “Essas convicções podem ser moldadas por diversos fatores do senso comum. Um exemplo é a questão de que comprar imóvel é mais vantajoso que alugar. Este é um debate clássico tanto em rodas de amigos, como entre especialistas do mercado. Sabemos que, no Brasil, ter a casa própria é um sonho e representa segurança, mas não podemos concluir que é verdade absoluta que comprar é mais vantajoso que alugar. Por outro lado, também não é possível dizer que é um mito, pois depende de uma série de variáveis, como capacidade de pagamento e financiamento, disposição de recursos líquidos, potencial de valorização daquele imóvel específico, capacidade de rentabilização dos investimentos financeiros, taxa de juros atual e futura e, principalmente, da expectativa sobre uso do imóvel, necessidades e desejos de adaptações e reformas, custos indiretos, entre diversos outros fatores. De qualquer forma, é fundamental que quem busca um imóvel esteja muito bem informado para tomar decisões bem fundamentadas, considerando tanto necessidades e quanto oportunidades disponíveis”, analisa.

Confira o que os entrevistados disseram ao serem questionados sobre os principais temas do mercado imobiliário:

Imóvel na planta é mais barato?
Quem busca um imóvel para comprar também quer economizar e, para uma quantidade considerável dos entrevistados (57%), o imóvel na planta é um caminho para isso. “É difícil afirmar que o imóvel na planta é mais barato ou mais caro, há de se considerar toda uma equação nessa decisão. Embora os imóveis na planta possam ser uma ótima opção e apresentem boas condições de pagamento parcelado antes da entrega, tendendo a valorizar durante a obra, é preciso avaliar todas as etapas e custos envolvidos no processo. É importante lembrar que o comprador não pode usufruir do imóvel até sua entrega, que pode demorar 36 meses ou mais, a depender da data da aquisição e, nesse período, tem que arcar, obrigatoriamente, com as parcelas do “pré-chaves”, enquanto paga os custos da sua moradia atual. Ao mesmo tempo, há imóveis usados que têm valores de metro quadrado inferiores aos dos novos e que também podem se valorizar conforme o mercado aquece. Para imóveis de terceiros, é importante sempre que se considere os custos com condomínio e IPTU, bem como o estado do imóvel e do edifício, que a depender da região e situação podem ser mais altos, entregando menos valor para os moradores”, explica o especialista.

É benéfico antecipar parcelas do financiamento?
Já quando questionados sobre a amortização das parcelas, a maioria (85%) diz que é verdade que essa antecipação é benéfica. Essa percepção pode estar correta em cenários onde os juros estão mais altos do que a rentabilidade que o comprador consegue ter sobre seu próprio capital, uma vez que o montante total de juros pagos será menor quanto menor o período de financiamento, além de que diminuir o período de pagamento da dívida pode representar um grande alívio no orçamento familiar. “No entanto, antes de decidir fazer a antecipação dos pagamentos, ou mesmo redução do saldo devedor, é fundamental entender as condições para esse abatimento e a viabilidade disso diante da capacidade de pagamento da família”, reforça Nader.

Antecipar parcelas do financiamento traz benefício. É mito ou verdade?
Para 72% dos respondentes é verdade que as parcelas devem comprometer até 30% da renda familiar. E, de modo geral, esse percentual realmente é consenso entre os especialistas. No entanto, quem vai definir o comprometimento limite da renda com o pagamento dessa dívida é a entidade que concede o crédito. “Ao definir as condições para oferecer o financiamento imobiliário, os bancos analisam o perfil do comprador e, consequentemente, sua capacidade de pagamento das parcelas. É isso que vai limitar tanto o valor concedido quanto as condições para sua quitação. Vale destacar também que, como a análise é feita considerando a renda familiar, é possível adquirir o imóvel em conjunto com o parceiro, o que contribui na composição da renda para conseguir melhores condições”, esclarece o especialista do Grupo OLX.

As parcelas do financiamento imobiliário têm que ser de até 30% da renda familiar. É mito ou verdade?
Apartamento no térreo é mais barato?
Cerca de 6 em cada 10 entrevistados acreditam ser verdadeira a ideia de que apartamentos no térreo têm preços menores e, de fato,há um aumento no valor do metro quadrado conforme mais alto o andar. No entanto, nos últimos anos, em especial no pós-pandemia, a possibilidade de ter uma área de lazer privada no apartamento, passou a gerar maior interesse nas pessoas pelos chamados apartamentos garden, que muitas vezes custam mais que outras unidades, até por terem áreas privativas maiores que as demais.

Apartamento no térreo do prédio tem preço mais baixo. É mito ou verdade?
O locatário deve arcar com manutenção do alugado?

O levantamento também investigou a opinião das pessoas sobre as responsabilidades no segmento de locação. 62% mencionaram crer que o locatário tem a obrigação de arcar com as manutenções do alugado. O especialista explica que, de acordo com a Lei n.º 8.245/91, mais conhecida como Lei do Inquilinato, é de responsabilidade de quem aluga fazer a manutenção no imóvel e entregar o imóvel nas mesmas condições de uso que foi recebido. “No entanto, é importante lembrar que cabe ao proprietário do imóvel arcar com despesas extraordinárias do condomínio, como pintura da fachada e também despesas relacionadas à estrutura, como vazamentos. Ou seja, podemos dizer que essa responsabilidade é dividida entre ambos. A recomendação aqui é sempre garantir uma vistoria de entrada e saída do imóvel bem executada, evitando dúvidas futuras sobre as condições imóvel no ato da devolução”, orienta Nader.

Inquilinos não têm responsabilidades de manutenção do imóvel alugado. É mito ou verdade?
Ainda neste sentido, a pesquisa revelou que a maioria (63%) acredita que a ideia de que não se deve reformar um alugado é um mito. E eles estão corretos, porque é possível sim fazer mudanças no imóvel, mas todas elas devem ser acordadas com o proprietário, que não tem obrigação de arcar com os custos. “Antes de fazer qualquer mudança no imóvel, o inquilino deve ter clareza das regras estabelecidas em contrato. Como o inquilino tem a responsabilidade de entregar o imóvel nas mesmas condições em que o recebeu, se houver interesse em fazer mudanças estéticas ou benfeitorias, em especial, se impactarem na estrutura do imóvel, é fundamental pedir aprovação por escrito para o proprietário”, destaca Nader.

Imóvel alugado não deve ser reformado. É mito ou verdade?
A responsabilidade do IPTU de imóvel alugado é do inquilino?
Essa questão gera bastante dúvida e os entrevistados se mostraram muito divididos, sendo que 51% entende que a responsabilidade de pagar o IPTU do imóvel não é necessariamente do inquilino e 49% entende que é. “Essa é mais uma questão respondida pela Lei do Inquilinato. Por se tratar de um imposto sobre a propriedade, a responsabilidade pelo pagamento é do proprietário, que deve arcar não só com o IPTU, mas também outras taxas e seguros, que podem variar regionalmente. No entanto, essa responsabilidade pode ser transferida ao locatário, por meio do contrato. Ou seja, vale o que está no contrato e, por isso, a questão gera tanta dúvida”, conclui o especialista.

Metodologia
O estudo foi encomendado pelo Grupo OLX e realizado por meio da plataforma de human analytics da MindMiners, entre os dias 15 e 21 de maio de 2024. Todas as respostas foram coletadas por meio do painel de respondentes proprietário também da MindMiners, o MeSeems, e totalizou uma amostra de 300 pessoas residentes de todo o Brasil, sendo de diferentes gêneros, idades e classes sociais. O nível de confiança do estudo é de 95% e a margem de erro fica em torno de 5%.

Sobre o Grupo OLX
O Grupo OLX é um marketplace de classificados, líder na compra e venda de produtos usados, com um ecossistema diversificado em bens de consumo, autos e imóveis, por meio dos portais OLX, Zap e Viva Real. 
Com tecnologia de ponta, o Grupo OLX democratiza o acesso a todas as pessoas para que realizem negócios e ressignifiquem sua relação com produtos usados, gerando impacto positivo no consumo consciente e na performance dos clientes e parceiros.  
Os acionistas do Grupo OLX são os principais conglomerados globais de investimento em mídia e marketplaces: Prosus NV (50%), listada na bolsa de valores de Amsterdã, e Adevinta ASA (50%), listada na bolsa de valores da Noruega.