Petróleo fecha em alta, com estímulo chinês, Oriente Médio e tempestade Helene no radar

Estadão Conteúdo

O petróleo fechou o pregão desta terça-feira, 24, em alta de mais de 1%, depois de novos incentivos à demanda pelo governo chinês, e também acompanhando a interrupção da produção de petroleiras no Golfo do México diante do avanço de uma nova tempestade na região.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 1,69% (US$ 1,19), a US$ 71,56 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou com avanço de 1,72% (US$ 1,26), a US$ 74,47 o barril.

“O anúncio do governo chinês do maior pacote de estímulo desde a pandemia, combinado com o aumento repentino da tensão geopolítica no Oriente Médio e a ameaça de outro furacão na Costa do Golfo, desferiu um golpe no sentimento de baixa que dominou os mercados de petróleo nas últimas três semanas”, afirma o diretor de Análise de Mercado Global da Rystad Energy, Claudio Galimberti.

No começo dessa madrugada, o presidente do Banco do Povo da China (PBoC), Pan Gongsheng, cortou a taxa de reserva obrigatória em 50 pontos-base no país, além de promover outras medidas, como a redução da taxa dos empréstimos hipotecários já existentes e a diminuição da taxa mínima de entrada para segundas residência para 15%.

Além disso, petroleiras como Shell, BP e Chevron estão paralisando suas produções no Golfo do México, conforme meteorologistas do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) preveem o fortalecimento da tempestade tropical Helene nos EUA, com possibilidade de evoluir para um furacão.

No Oriente Médio, a tensão permanece elevada, após militares israelenses afirmarem ter matado um alto comandante do Hezbollah.

Também nesta terça, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirmou, em relatório de perspectivas, que a demanda por petróleo deverá continuar expandindo até 2050, período em que atingirá uma demanda de 9,6 milhões de barris a mais do que a procura atual. Enquanto isso, a participação do petróleo na demanda mundial das principais fontes de energia baixará de 30,9% em 2023 para 29,3% em 2050, estima o cartel.