supermercados_dia_8
EBC/Arquvo

Em julho de 2024, o custo da cesta básica em Curitiba foi o sexto maior entre as 17 cidades (R$ 718,32), com variação de -4,85% em relação a junho de 2024. No ano, o conjunto de alimentos básico apresenta aumento de 3,03% (jul/2024 / dez/2023) e em 12 meses o aumento é de 4,06% (jul/2024 / jul/2023). Os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Leia mais

Números na Cesta Básica em Curitiba


• Valor da cesta: R$ 718,32.
• Variação mensal (jul/2024 / jun/2023): -4,85%
• Variação no ano (jul/2024 / dez/2023): 3,03%.
• Variação em 12 meses (jul/2024 / jul/2023): 4,06%.
• Jornada necessária para comprar a cesta básica: 111 horas e 55 minutos.
• Percentual do salário-mínimo líquido gasto para compra dos produtos da cesta para uma pessoa adulta: 55,00%.

Os mocinhos e os vilões da Cesta Básica em Curitiba


Entre junho e julho de 2024, oito produtos apresentaram redução no preço médio: tomate (-30,10%), batata (-10,09%), banana (-2,77%), arroz parboilizado (-1,42%), manteiga (-0,74%), feijão preto (-0,66%), carne bovina de primeira (-0,28%) e açúcar refinado (-0,22%).

Houve aumento no valor médio da farinha de trigo (4,07%), café (3,67%), óleo de soja (1,01%), pão francês (0,75%) e leite integral (0,49%).

No ano (jul/2024 / dez/2023), sete produtos apresentam alta acumulada no preço médio, sendo os aumentos registrados na batata (64,36%), leite integral (22,43%), café (20,06%), arroz parboilizado (15,77%), manteiga (3,81%), óleo de soja (3,24%) e pão francês (2,27%). Ocorreram reduções no tomate (-13,39%), banana (-5,51%), farinha de trigo (-4,91%), açúcar refinado (-4,86%), feijão preto (-2,76%) e carne bovina de primeira (-1,22%).

Em 12 meses (jul/2024 / jul/2023), foram registradas altas em 10 dos 13 produtos da cesta: batata (78,27%), arroz parboilizado (41,50%), café (16,30%), leite integral (8,95%), feijão preto (8,42%), açúcar refinado (4,90%), pão francês (4,50%), óleo de soja (2,64%), banana (1,72%) e manteiga (1,37%). As reduções ocorreram no tomate (-13,79%), farinha de trigo (-7,26%) e carne bovina de primeira (-2,28%).
Em julho de 2024, o trabalhador curitibano remunerado pelo salário-mínimo comprometeu 111 horas e 55 minutos da jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais. Em dezembro de 2023, o tempo foi de 116 horas e 12 minutos, e em julho de 2023, 115 horas e 03 minutos.


Quando comparados o custo da cesta e o salário-mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, o percentual em julho de 2024 foi de 55,00%, de 57,10% em dezembro de 2023 e de 56,54% em julho de 2023.

No Brasil

Em 17 capitais, o valor do conjunto de alimentos básicos consumidos pelas famílias caiu. 

Na comparação com junho, as quedas mais relevantes foram verificadas no Rio de Janeiro (-6,97%), em Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%). São Paulo foi a capital onde o valor da cesta básica apresentou o maior custo, R$ 809,77 e queda de 2,75% em relação a junho,  seguida por Florianópolis onde a cesta básica custou R$ 782,73, com queda de 4,08% em relação a junho e Porto Alegre, R$ 769,96 com queda de 4,34% e Rio de Janeiro, R$ 757,64.

Como a composição da cesta básica é diferente nas cidades das regiões Norte e Nordeste, os menores valores da cesta básica foram constatados em Aracaju (R$ 524,28), Recife (R$ 548,43) e João Pessoa (R$ 572,38). 

Segundo o Dieese, na comparação dos valores da cesta entre julho de 2023 e julho de 2024, o custo dos alimentos básicos subiu em 11 cidades. O destaque ficou com Goiânia, que subiu 5,82%, seguida por Campo Grande (MS), 5,54% e São Paulo (SP), 5,71%. 

Entre as seis cidades que tiveram retração nos preços figuram Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%). De janeiro a julho deste ano, 15 cidades tiveram alta nos preços médios – Belo Horizonte com alta de 0,06% e Fortaleza, com 7,48%. Por esse critério, de preços médios, as reduções ocorreram em Brasília (-0,63%) e Vitória (-0,06%).

Considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor necessário do salário mínimo deveria ser de R$ 6.802,88, ou 4,82 vezes o valor atual de R$ 1.412,00. Em junho deste ano, o valor necessário ficou em R$ 6.995,44 e correspondeu a 4,95 vezes o piso mínimo. 

A pesquisa apontou que em julho o tempo médio necessário para que o trabalhador pudesse comprar a cesta básica correspondeu a 105 horas e 8 minutos, menor que em junho, quando essa relação de troca ficou em 109 horas e 53 minutos. A jornada média em julho de 2023 para comprar a cesta básica era de 111 horas e 8 minutos. 

O Dieese comparou o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, e constatou que o trabalhador comprometeu, em média, 51,66% do seu rendimento para comprar alimentos. Em junho, o trabalhador gastava 54% de seu salário líquido. 

Diante da catástrofe climática ocorrida em maio no Rio Grande do Sul, que afetou inúmeros produtores de arroz, o preço do produto e o anúncio pelo governo de importação do produto, o preço do arroz caiu em julho em 13 capitais, variando de -0,37% em Recife a 3,9% em Belo Horizonte. O preço do feijão também caiu em 13 capitais, com quedas entre 0,66% e 3,04%. Já o pão francês teve aumento em 12 capitais, com altas de 2,03% em Florianópolis e de 2,44% em João Pessoa.