Em meio ao cenário de mudanças climáticas e da necessidade de preservação ambiental, investir em eficiência energética não é apenas uma escolha inteligente, mas uma responsabilidade coletiva para assegurar um futuro próspero e equilibrado para as gerações futuras. E o Shopping Cidade Maringá, no noroeste do Paraná, já tirou as ações do papel e é um exemplo no quesito sustentabilidade.
Assim que o shopping abriu seu plano de expansão, a diretoria entendeu que era o momento de fazer a diferença e apostar no projeto. De acordo com Ricardo Kenji, membro do conselho fiscal da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO) e diretor da Eletron Energia S.A. A empresa é responsável pelo projeto e, do desenho à execução, a obra levou três anos para ficar pronta, de 2019 a 2022. “Quando conhecemos o grupo empresarial que administra o shopping, tivemos a oportunidade de realizar estudos de possíveis melhorias em outras empresas do grupo. No entanto, foi no shopping a principal melhoria encontrada e realizada”, explica.
Números
Os números realmente chamam a atenção. Com investimento de R$ 3.104.449,75, por parte do Plano de Eficiência Energética da COPEL, e R$ 500.370,05, por parte do Shopping Cidade Maringá, Kenji revela que o projeto colaborou para uma economia de 47,3% no consumo total de energia elétrica, o que significa uma diminuição do desmatamento de mais de 118 mil árvores, equivalente a um Parque do Ingá (um dos principais da cidade) por ano. “Durante a execução enfrentamos alguns desafios, como o aumento dos preços no período da pandemia e a dificuldade logística de executar o projeto sem atrapalhar o dia a dia dos lojistas e frequentadores do shopping. Mas, todo esforço valeu a pena e o valor investido, com economia de energia, será recuperado em até oito anos”, relata
Antes da Eficiência Energética
Antes do projeto, o estabelecimento contava com o sistema chiller com 20 anos de funcionamento, que estava totalmente defasado. Hoje, o shopping conta com tecnologia de última geração para sua climatização, por meio de dois chillers, que são responsáveis pela água gelada do sistema de ar-condicionado, que pode ser armazenada em um tanque de termo acumulação de até dois milhões de litros a uma temperatura entre 6º C e 7º C. “Por meio do sistema de bombeamento, a água alimenta os fancoils do sistema, que são os equipamentos que fazem a troca de ar, climatizando o ambiente interno do shopping.”
De acordo com Kenji, além da economia de energia elétrica, o novo sistema de ar-condicionado gerou uma eficiência 35% maior em relação ao antigo, melhorando questões como sustentabilidade e qualidade do ar. “Além do sistema de ar-condicionado, também poderia ser implantado um projeto de eficiência energética na iluminação, ainda não LED, e nos sistemas de exaustão e de bombeamento. O diferencial destes projetos de eficiência energética é que é possível aplicá-los em diferentes frentes”, afirma.
