A longa estiagem e o clima quente no País reflete nos preços do campo e também da energia e por extensão pressiona a inflação. Ainda não é uma questão emergencial, mas preocupa o governo federal.

“A inflação preocupa um pouquinho, sobretudo em virtude do clima. Estamos acompanhando a evolução da questão climática, o efeito do clima sobre o preço do alimento e eventualmente sobre o preço de energia faz a gente se preocupar um pouco com isso. Mas a inflação advinda desse fenômeno não se resolve com juros. Juros são outra coisa”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A fala do ministro antecipa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que reúne-se na próxima semana para definir a Taxa Selic (juros básicos da economia).

Atualmente, em 10,5% ao ano, ela pode ser elevada para conter as pressões inflacionárias provocadas pela alta do dólar nos últimos meses e pelo aquecimento do mercado de trabalho.

Os analistas de mercado projetam elevação de 0,25 na Selic na próxima reunião, nos dias 17 e 18. Eles preveem que a taxa encerrará o ano em 11,25% ao ano.