Uso do cartão de crédito supera o empréstimo pessoal, revela estudo

Redação Bem Paraná
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Uso do cartão de crédito supera o empréstimo pessoal, revela estudo (Foto: Marcello Casal Jr/Abr)

Um estudo da Serasa mostra que 6 em cada 10 consumidores afirmam que devem solicitar crédito extra nos próximos 2 meses. Mas, neste momento, o cartão de crédito assumiu a liderança na busca por dinheiro extra, e o empréstimo pessoal e consignado perdem espaço entre as modalidades mais desejadas por quem procura crédito.

O estudo mensal da Serasa mostra que o cartão de crédito assumiu a liderança entre as modalidades mais desejadas pelos consumidores que buscam um dinheiro além da renda habitual. Mencionado em março por 45% dos pesquisados, o cartão agora chega à marca de 55% das preferências.

Em direção oposta ao cartão de crédito, o empréstimo pessoal, que era o preferido em março, caiu para 47%, registrando uma queda de 10 pontos percentuais em 90 dias – abril já havia registrado queda de 6 pontos percentuais. O crédito consignado se manteve na terceira posição dos tipos de crédito procurados, mas com uma procura menor.

O estudo também indica uma diminuição considerável na intenção de busca por crédito, registrando uma queda de 10 pontos percentuais na comparação entre os meses de março e maio.

No levantamento de maio, 55% dos entrevistados afirmam que devem buscar crédito em breve – em março, por sua vez, esse percentual figurava na casa de 65%.

“No primeiro trimestre, os brasileiros precisaram arcar com as tradicionais contas do período, como pagamento de IPVA, IPTU, matrículas nas escolas e outros gastos sazonais, como despesas de férias familiares”, explica Lucas Barleta, gerente do Serasa Crédito. Segundo ele, o empréstimo atuava como uma ferramenta para lidar com essas grandes contas de início de ano, mas passado esse período o cartão de crédito assume seu posto de preferido pelos consumidores brasileiros para as despesas consideradas cotidianas.

Neste novo cenário, o cartão pode ser um aliado para a organização financeira, desde que utilizado com muita responsabilidade, em especial nos gastos de rotina. “Com menos urgência, o brasileiro consegue olhar com mais calma para os benefícios dos cartões disponíveis, comparar as taxas e ponderar melhor sobre as possibilidades para tomar o crédito de forma mais consciente. A educação financeira pode ser a chave para estabelecer um bom planejamento a longo prazo e evitar o endividamento”, afirma Barleta.