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Horário de verão deixou de ser adotado em 2019 (Marcello Casal Jr/ABr)

Depois de dizer que o governo federal analisa internamente a volta do horário de verão na quarta-feira (11), o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quinta-feira (12) que a volta do horário especial é uma possibilidade real, para melhor aproveitamento da luz natural e a consequente redução de consumo de energia elétrica no país.

Mas, devido às implicações do horário de verão no cotidiano dos brasileiros, o chefe da pasta entende que a decisão de adiantar os relógios em uma hora em parte do território brasileiro não pode ser tomada precipitadamente.

“O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das pessoas”, reconhece o ministro.

Silveira confirmou que na segunda-feira determinou ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e a Secretaria Nacional de Energia Elétrica que se reúnam com o Operador Nacional do Sistema Elétrico para apresentar um plano de contingência para o verão de 2024/2025.

Silveira afirmou ainda que pesquisas demonstram que os efeitos do horário de verão – durante os meses da primavera e do verão – são positivos para diversos setores econômicos do Brasil, como o turismo, além de bares e restaurantes.

O horário brasileiro de verão foi instituído pela primeira vez pelo então presidente Getúlio Vargas, de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932. No Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2018. O governo federal passado decidiu revogá-lo, em abril de 2019, alegando pouca efetividade na economia energética.