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(Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Com o avanço da tecnologia, criminosos têm se sofisticado cada vez mais em suas abordagens para enganar e extorquir pessoas. Um dos métodos mais comuns, é phishing telefônico, uma prática criminosa em que golpistas utilizam ligações telefônicas para enganar vítimas e obter informações pessoais ou financeiras, tem se tornado cada vez mais sofisticado e comum.

Muitas vezes se passando por representantes de instituições bancárias, empresas ou até mesmo familiares em apuros, criam um senso de urgência e manipulação emocional para convencer o indivíduo a fornecer dados confidenciais ou realizar transferências de dinheiro.

Para o especialista em Segurança da Informação e professor do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da UNINASSAU Paulista, Victor Sotero, uma das técnicas mais eficazes para identificar um golpe é o uso de um nome fictício para familiares.

“Em alguns casos, os criminosos fingem ser familiares em apuros, afirmando que precisam de dinheiro urgentemente para resolver uma emergência. Ao receber uma ligação suspeita, em vez de mencionar o nome real do seu parente, use um nome inventado”.

Os golpistas contam com a reação emocional imediata da vítima para conseguir o que querem. É fundamental manter a calma e quebrar esse momento inicial de choque e pânico. Respirar fundo e evite tomar decisões precipitadas. Lembrar que os criminosos manipulam emoções para criar um senso de urgência.

O fraudador solicita informações pessoais, como número de conta, senha ou código de segurança do cartão, alegando que essas informações são necessárias para resolver o problema. Para se proteger contra esse tipo de golpe, é essencial adotar algumas medidas preventivas.

“Primeiramente, nunca forneça algum dado por telefone, especialmente se você não tiver certeza da identidade do indivíduo que está ligando. Bancos e empresas legítimas nunca pedem senhas ou códigos de segurança por telefone. Caso aconteça em receber uma ligação suspeita, desligue imediatamente e tente contatar a instituição ou individuo diretamente, utilizando números de telefone conhecidos e confiáveis”, explica Victor.

Direitos das vítimas e medidas jurídicas

Para o advogado e coordenador do curso de Direito da UNINASSAU Olinda, Wilson Sena, as vítimas de phishing têm direitos e podem buscar ressarcimento. “Registrar um boletim de ocorrência é o primeiro passo para iniciar uma investigação. As operadoras de telefonia podem ser contatadas pelas autoridades competentes para rastrear ligações e ajudar nas averiguações. Além disso, as pessoas lesadas podem buscar auxílio as entidades de defesa do consumidor para orientação e suporte”.

Bancos e instituições financeiras frequentemente têm políticas de ressarcimento e segurança que podem ser acionadas para minimizar os danos financeiros. “Proteger-se contragolpes exige vigilância constante e conhecimento das táticas utilizadas pelos criminosos. Seguindo essas dicas e estando atento, é possível evitar ser enganado e preservar a segurança financeira e emocional de sua família”, finaliza o advogado.