A indústria da moda — e da beleza, de quebra — sempre foi fugaz. Quando você pensa em incorporar uma tendência, já vem outra e mais outra, e o que passou ficou definitivamente datado. Isso vale para roupa, para modismos, comportamentos e para gente. Vemos meninas, influencers e viventes, ditando o que se usa, o que não se usa, quem pode o que, quem não pode nada. E, se de um lado há quem diga que quem passou dos 50 não tem mais espaço nessa onda, tem quem prove o contrário. Afinal, envelhecer é o caminho natural de todos, né?
Acho tão démodé esse papo de que quem é 60/70/80+ não pode usar saia curta, roupa apertada, biquíni, cor forte, estampa, fendas e decotes, cabelo comprido, cabelo branco, cabelo pintado, batom vermelho, namorar, viajar, dançar. É uma delícia ver mulheres que já viveram um montão de coisas se reinventando, brincando, experimentando e dando de ombros para quem insiste em regras de conduta e vestimenta para quem quer que seja. Na minha opinião, entre as maiores lições dessas maravilhosas está usar a vivência para escolher melhor e se libertar da obrigação de agradar quem quer que seja. Se for para agradar alguém, que seja a você mesma.
Antes de as millenials ditarem suas tendências, gerações e mais gerações de mulheres viveram, aprenderam, sofreram, venceram e conquistaram o direito de serem quer quiserem ser, estarem onde quiserem, com quem quiserem. Eu acho melhor não provocar com discurso misógino ou etarista, que elas vão te colocar no chinelo. Dá uma olhada nessas deusas das fotos abaixo, que além de lindas e estilosas, são admiráveis, assim como você, eu, nossas mães e avós. Valorizar a ancestralidade faz bem para a alma, para o corpo e para o espírito. E até para o mundo fashion, que deveria ser mais moderninho e se deleitar com essas gatas cheias de repertório, vivência e personalidade. Respeita e aprende com elas!
