O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), afirmou que a reunião desta quinta-feira, 18, com gestores estaduais e ministros no Planalto servirá para o País fazer um planejamento e montar estratégias para o ano que vem sobre como combater incêndios. Ao acusar que os incêndios que estão acontecendo têm ação humana, o governador defendeu o endurecimento “gigantesco” da pena para crimes ambientais.

“É bem-vinda a iniciativa do governo federal de adentrar ou reforçar todo o planejamento e as estratégias para combater o fogo do país. Entretanto, nós estamos chegando já no final dessa temporada porque em 15 dias, 30 dias, as chuvas deverão estar presentes em boa parte do território onde nós estamos tendo os maiores focos de incêndio”, disse o governador, após ter participado da reunião. O encontro, segundo ele, ainda está acontecendo.

“Vale muito essa iniciativa para que haja um melhor planejamento e ações para o ano de 2025, para que lá, novamente, nós não estejamos aqui apagar incêndio quando devemos tomar as providências com uma certa antecedência”, completou.

O governador negou que avalia que a reunião convocada para esta quinta-feira tenha sido feita de forma tardia. “Na minha opinião, seus efeitos concretos e mais objetivos vão acontecer para o ano de 2025, porque todo mundo que conhece a Administração Pública sabe que, se liberar hoje um recurso na conta de qualquer Estado, dificilmente você consegue comprar veículos, comprar equipamento, alugar aeronaves para que, em 15 dias, tudo isso esteja funcionando”, pontuou.

Na avaliação do governador, além de uma questão climática que era previsível, “boa parte dos incêndios começou por ações notadamente criminosas”. “Nenhum incêndio começa, se não por ação humana. Algumas por descuido, algumas por negligência, mas muitas começaram por ações criminosas.”

“Defendi que haja um endurecimento gigantesco da pena para que nós tenhamos um desestímulo”, contou. “Nesse momento, nós estamos tendo um aumento acelerado dos focos de incêndio por conta de que há um longo período de estiagem, altas temperaturas e ventos. Mas nenhum incêndio começou naturalmente. Alguma ação humana aconteceu. E é exatamente isso que é a nossa tese. Temos que desestimular ou inviabilizar que no próximo ano essas ações ocorram na mesma intensidade que aconteceram esse ano”, afirmou.