Operação da PM no Rio, deixa 2 mortos, 4 feridos e bloqueia Avenida Brasil

Estadão Conteúdo

Duas pessoas morreram outras quatro ficaram feridas durante uma operação policial no Complexo de Israel, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira, 24, segundo a Polícia Militar. Uma pessoa foi presa e duas granadas foram apreendidas.

O confronto ocorreu na Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, que chegou a ficar bloqueada por duas horas.

Houve pânico entre a população que estava no local nesta manhã. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram pessoas deitadas no chão tentando se proteger durante o tiroteio.

A prefeitura de Duque de Caxias, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, disse que três vítimas baleadas em ocorrência policial na manhã desta quinta-feira deram entrada no Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo.

Paulo Roberto de Souza, de 60 anos, deu entrada já em óbito; ele foi atingido com tiro na região da cabeça;

Alayde dos Santos Mendes, de 24 anos, atingida de raspão em coxa direita e com lesão superficial, recebeu alta hospitalar, com orientações, ainda pela manhã

Geneilson Eustáquio Ribeiro, de 49 anos, atingido com perfuração no crânio, foi entubado e tem quadro considerado gravíssimo. Foi transferido para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, ainda pela manhã.

Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos outros feridos durante o tiroteio.

O trânsito também ficou bastante congestionado na região. A Avenida Brasil, posteriormente, foi liberada e o policiamento reforçado.

Por volta das 9 horas, o município do Rio entrou no estágio 2, emitido pelo Centro de Operações em casos de ocorrências de alto impacto, em função da troca de tiros que interditou a avenida, afetando significativamente o corredor Transbrasil.

Escolas e postos de saúde fechados

A Secretaria Municipal de Educação disse que ao todo, 16 escolas ficaram fechadas por conta da operação, sendo três delas nas comunidades Cinco Bocas e Pica-Pau, cinco em Vigário Geral e Parada de Lucas e oito na Cidade Alta.

Conforme a prefeitura do Rio, os centros municipais de saúde (CMS) Iraci Lopes e José Breves dos Santos, as clínicas da família Heitor dos Prazeres e Joãosinho Trinta acionaram o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, suspenderam o funcionamento na manhã desta quinta-feira.

Já as clínicas da família Eidimir Thiago de Souza e Nilda Campos de Lima mantêm o atendimento à população.

Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas.

Em 2024, até o momento, os episódios de instabilidade e violência em diversas regiões da cidade do Rio de Janeiro ocasionaram 901 registros de fechamento temporário de unidades de saúde.