Pelo terceiro dia consecutivo, a qualidade do ar em São Paulo foi considerada uma das piores do mundo, de acordo com a empresa suíça de tecnologia IQAir, que monitora as condições da poluição em grandes cidades. O ranking de 120 metrópoles publicado no site da plataforma indica que nesta quarta-feira, 11, São Paulo ocupava o segundo lugar na lista, atrás de Kinshasa, na República Democrática do Congo, e à frente de Karashi, no Paquistão. Na véspera e na antevéspera, a cidade já havia figurado em primeiro lugar no ranking.

A empresa suíça é especializada em tecnologia da qualidade o ar e organiza o ranking de 120 grandes cidades do mundo com dados gerados por estações operadas pelos governos locais, instituições de pesquisa regionais e organizações sem fins lucrativos. A classificação segue parâmetros de qualidade americanos.

A análise coincide com a da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). De acordo com o site da instituição, a qualidade do ar hoje na região metropolitana de São Paulo, de forma geral, é “muito ruim”, com possibilidade de “aumento de sintomas respiratórios para a população em geral”.

Segundo o último boletim, na região metropolitana e na capital, 16 estações registram qualidade do ar “muito ruim”, oito estações com qualidade “ruim”. No interior do estado, uma estação com qualidade “muito ruim”, 15 com qualidade “ruim” e 11 estações com qualidade “moderada”.

A qualidade do ar está muito ruim em São Paulo devido à suspensão de material particulado oriundo das queimadas que ocorrem em todo o País. Este material está sendo carreado para o sudeste, segundo o órgão. Por outro lado, as condições meteorológicas não estão favorecendo a dispersão dos poluentes, por conta da estiagem e dos ventos fracos.

Nessa classificação, de acordo com a Cetesb, pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, idosos e crianças podem ter os sintomas agravados. A população em geral pode apresentar sintomas como ardor nos olhos, nariz e garganta, tosse seca e cansaço. A indicação é reduzir esforço físico pesado ao ar livre. O tempo seco e a onda de calor devem continuar em São Paulo, ao menos, até domingo, 15.