A ausência de Endrick entre os titulares no jogo da seleção brasileira contra o Chile, realizado na última quinta-feira, pelas Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026, parece ter surpreendido a mídia e o público espanhóis. Ao menos é o que descreve uma matéria do “AS”, um dos principais jornais esportivos do país. O periódico conta ainda sobre o debate que a decisão de Dorival Júnior por Igor Jesus no lugar do jovem do Real Madrid suscitou no Brasil.

Figurinha carimbada das convocações do técnico brasileiro, Endrick entrou apenas faltando quinze minutos para o fim da partida, substituindo justamente o botafoguense que iniciou o duelo como titular. “O técnico Dorival Júnior não parece considerar suficiente o que o jovem brasileiro conquistou anteriormente ou agora no Real Madrid, onde vem aproveitando os minutos concedidos por Carlo Ancelotti”, escreveu o jornal, dizendo que o chamado “efeito Endrick” está desaparecendo no País.

Pela equipe espanhola, o centroavante atuou em somente 107 minutos em nove partidas, nenhuma delas como titular. Ainda assim, marcou dois gols e deu assistência para um outro. O bom desempenho causa animação.

O jornal destaca também a justificativa de Dorival Júnior para a escolha de Igor Jesus desde o início. Segundo o técnico, a opção é tática. “Ganhamos uma ótima opção por dentro, aproximando o Igor Jesus e tendo um ataque na última linha. Precisamos de mais disso, empurrando a última linha em direção ao gol. Assim teremos jogadores nas laterais e no interior com situações diferentes para criar e definir melhor”, disse o treinador.

Na partida contra os chilenos, Igor Jesus marcou o gol de empate da seleção brasileira, no fim do primeiro tempo. O placar final foi de 2 a 1 para o Brasil, conquistado após gol de Luiz Henrique quase no final do confronto.

Apesar da sensação de estranhamento e de que o jogador do Real Madrid mereceria mais oportunidades na equipe brasileira, a mídia espanhola enxerga com bons olhos o futuro da joia palmeirense. De acordo com imprensa local, o garoto é uma promessa para uma seleção que, em uma fase pouco satisfatória no momento, busca um nome forte para seus próximos anos.

“Embora Endrick ainda não tenha explodido como a grande estrela que promete ser, sua presença já provoca debates sobre se ele deveria ou não ser o número 9 do Brasil. Ele tem tudo para ser e, mais cedo ou mais tarde, será a grande ameaça de um time que há anos busca aquele grande camisa 9 brasileiro”, finaliza o jornal.