Londres, 02 (AE-AP) – O milionário Mohamed al-Fayed, dono da loja de departamentos londrina Harrods, venceu nesta sexta-feira uma batalha judicial para impor a participação de um júri no processo que apura a morte da princesa Diana e de seu filho, Dodi al-Fayed.

Três juízes do Tribunal Superior de Londres derrubaram a decisão de uma magistrada que pretendia conduzir sozinha – sem a ajuda um júri – a investigação para determinar o que causou a morte de casal em agosto de 1997.

Os advogados de Mohamed al-Fayed contestaram a decisão da juíza Elizabeth Butler-Sloss de conduzir sozinha o inquérito alegando que isso daria a impressão de inadequação.

Ainda segundo eles, a convocação de um júri seria a única forma de satisfazer a exigência do público por uma investigação adequada da batida de trânsito que resultou na morte do casal em um túnel de Paris há quase dez anos.

O Tribunal Superior de Londres acatou a queixa dos advogados de Mohamed al-Fayed. Butler-Sloss alega ter tomado a decisão de conduzir o caso sozinha por acreditar que o excesso de detalhes e o volume de documento poderia dificultar o trabalho de um júri

O milionário egípcio está convencido de que Diana e seu filho foram assassinados e negou-se a aceitar a investigação policial, que concluiu que o casal morreu em um “acidente trágico”.

Fayed disse à imprensa que a decisão é um passo muito importante para esclarecer o que aconteceu em Paris.

“Este não é o final do caminho, mas um passo importante. Agora, deve-se permitir ao júri ouvir todas as evidências, mas temo que pode haver tentativas de escondê-las. Se isso acontecer, haverá outra batalha pela qual terei que lutar”, acrescentou.

Diana, Dodi e o motorista do veículo onde estavam, Henri Paul, morreram em 31 de agosto de 1997 quando o carro bateu contra uma coluna na ponte de Alma, em Paris.

Segundo Fayed, o casal foi vítima de uma conspiração dos poderes do Estado britânico para impedir que se casassem.