Oito pessoas morreram e várias outras ficaram feridas em um ataque a tiros em Tel-Aviv, a principal cidade de Israel, nesta terça-feira, 1º. Dois homens atiraram contra um trem em circulação, pouco depois de os moradores serem orientados a se protegerem de um ataque de mísseis lançados pelo Irã.

A polícia disse que os dois suspeitos foram mortos no local e pediu aos cidadãos que sigam as instruções militares.

Pouco depois do ataque a tiros, o sistema de defesa aérea de Israel interceptou uma série de mísseis sobre Tel-Aviv. Os mísseis puderam ser vistos explodindo no céu. “As forças policiais estão lidando com a cena sob um ataque de mísseis”, disse a polícia em um comunicado sobre o ataque.

O tiroteio ocorre em um momento perigoso para a região. Israel invadiu por terra o Líbano nesta segunda-feira, 30, depois de realizar uma série de ataques contra o Hezbollah, a milícia xiita libanesa e aliada do Irã.

Nenhum grupo reivindicou responsabilidade pelo ataque. As autoridades o descreveram como uma ação terrorista. Os incidentes recentes aproximam cada vez mais os conflitos que Israel está envolvido de Tel-Aviv, uma cidade que muitas vezes se sente física e psicologicamente distante da violência.

O tiroteio ocorreu no Jerusalem Boulevard, uma importante via arborizada e importante rota de transporte público no bairro de Jaffa. A agência de serviços de emergência de Israel, Magen David Adom, disse que lida com os feridos.

Imagens transmitidas pela televisão israelense mostraram dois homens armados em roupas comuns carregando rifles grandes. Um vídeo que viralizou online mostrou pessoas feridas deitadas na calçada do Jerusalem Boulevard.

Tentativas de ataque

O ataque a tiros ocorreu após uma série de mísseis lançados contra Tel-Aviv por militares do Irã e de milícias apoiadas pelo país nos últimos dias, em retaliação a campanha de Israel no Líbano. Há dois meses, os grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica assumiram a responsabilidade por um atentado na cidade descrito como suicida, em que uma pessoa se feriu.

A polícia israelense não descreveu esse incidente como um atentado suicida, mas se fosse, teria sido o primeiro ataque suicida na cidade desde 2016. Naquela época, o Hamas e a Jihad Islâmica ameaçaram ataques em resposta ao “contínuo deslocamento e assassinato de civis” de palestinos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)