De acordo com a Pesquisa do Câncer (Iarc, em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de mortes por câncer no mundo, em 2012, alcançou a marca de 8,2 milhões. A mortalidade por esta doença cresceu 8% em relação a pesquisa anterior, que contabilizou 7,6 milhões.

O câncer que mais matou no ano passado foi o de mama, atingindo 522 mil mulheres, 14% a mais do que em 2012. David Forman, diretor do Departamento de Informação sobre o Câncer da Iarc , justificou o crescimento.”O câncer de mama também é uma importante causa de morte nos países menos desenvolvidos do mundo. Deve-se em parte a uma mudança no estilo de vida, e em parte porque os avanços clínicos para o combate à doença não estão chegando às mulheres que vivem nessas regiões”, afirmou Forman.

Em 2012, 14,1 milhões de pessoas desenvolveram câncer. Este número chega a 1,4 milhões a mais do que em 2008.

O relatório da Iarc, chamado Globocan 2012, oferece uma estimativa atualizada sobre 28 tipos de câncer em 184 países. No conjunto da população, os cânceres mais comuns são os de pulmão, mama e colorretal. Os mais letais são os de pulmão, fígado e estômago.
A Iarc ainda prevê um “aumento substancial” nos casos mundiais de câncer, podem chegar a 19,3 milhões em 2025, acompanhando a expansão e envelhecimento da população.

No Brasil, a previsão é de quesurjam 576.580 novos casos de câncer em 2014. A previsão é que o tumor de pele não melanoma, o mais frequente na população feminina e masculina, atinja 182 mil pessoas no próximo ano, equivalente a 31,5% do total. Na sequência, o que mais acomete homens é o câncer de próstata (68,8 mil), que responde por 33,7% da incidência nesse público quando se exclui o de pele. Nas mulheres, o segundo de maior ocorrência é o de mama (57,1 mil), responsável por 30% dos casos em relação aos demais tipos.

Atualmente, o câncer é a segunda causa de morte no Brasil e no mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares. Em 2011, 184.384 pessoas morreram por conta da doença no país.
O maior número de casos da doença no Brasil e no mundo está relacionado ao envelhecimento da população, às mudanças na alimentação, à pouca prática de exercícios físicos e ao hábito de fumar, entre outros fatores de risco.

“Uma necessidade urgente para o controle do câncer hoje é desenvolver abordagens eficazes e acessíveis para a detecção precoce, diagnóstico e tratamento do câncer de mama entre mulheres que vivem em países menos desenvolvidos”, disse o diretor do Iarc, Christopher Wild.