Ao desistir de concorrer à reeleição, Joe Biden já anunciou seu apoio a Kamala Harris. Mas a escolha não é tão simples assim. Segundo uma reportagem do Washington Post, há dois caminhos possíveis: uma votação virtual que definiria um novo candidato no início de agosto ou uma convenção “aberta”.

Esse último caso ocorre quando nenhum candidato chega com uma clara maioria de delegados, levantando os concorrentes a se esforçarem para convencer os delegados a votar neles. Trata-se de uma espécie de

pequena primária, cenário que o partido não experimenta desde 1968, de acordo com o Post.

O problema é que alguns Estados limitam a agosto o prazo para entrar na cédula para a eleição geral do país, enquanto a votação antecipada começa em setembro em alguns lugares. É por isso, segundo o jornal, que os líderes do partido provavelmente devem tentar resolver a nomeação antes que a Convenção Nacional Democrata comece, em 19 de agosto.

Os delegados do partido democrata deveriam referendar o vencedor das primárias – ou seja, Joe Biden. Mas com ele fora da corrida, todos são livres e podem escolher o candidato que desejarem por conta própria, sem a participação dos eleitores que os indicaram. Mas, para chegar nessa mini primária, o candidato precisaria ter o apoio de ao menos 300 delegados.

Se um candidato obtiver a maioria dos votos dos delegados na primeira votação, essa pessoa se tornaria o candidato. Mas se ninguém tiver a maioria, uma segunda votação ocorreria. A partir da segunda votação, os chamados superdelegados, líderes de maior destaque do partido, incluindo ex-presidentes e ex-vice-presidentes, governadores democratas, membros do Congresso e oficiais do partido, entrariam na votação.

Mas se o partido seguir em frente com uma votação virtual, poderia oficialmente definir o candidato antes do início da convenção em 19 de agosto, e a disputa estaria encerrada. Ou seja, os delegados poderiam referendar o nome escolhido nessa votação.