Tropas israelenses invadiram o escritório da rede de notícias Al Jazeera na Cisjordânia ocupada por Israel, ordenando seu fechamento por 45 dias em uma ampliação das medidas do país contra a emissora no contexto da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. A operação foi transmitida ao vivo pelo canal de língua árabe da Al Jazeera, mostrando soldados israelenses exigindo o encerramento das atividades do escritório.

A ação segue uma ordem extraordinária emitida em maio, que resultou na apreensão de equipamentos da Al Jazeera em Jerusalém Oriental e na interrupção de suas transmissões em Israel, além do bloqueio de seus sites. Desde então, a emissora continua a operar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

O exército israelense não respondeu a pedidos de comentário da Associated Press sobre o ocorrido.

A Al Jazeera, financiada pelo Qatar, tem sido alvo frequente de críticas do governo israelense devido à sua cobertura do conflito com o Hamas, grupo militante que controla Gaza.

Enquanto isso, a tensão na região continua a aumentar, com a intensificação das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, no Líbano. O Hezbollah lançou mais de 100 foguetes no norte de Israel em retaliação a ataques israelenses que mataram dezenas de pessoas, incluindo um de seus comandantes, alimentando temores de que o conflito possa se transformar em uma guerra em larga escala.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel continuará suas operações contra o Hezbollah e o Hamas até que a segurança seja restaurada. A crescente violência, tanto na fronteira norte de Israel quanto em Gaza, coloca a região em uma situação delicada, com a comunidade internacional alertando para o risco de uma escalada mais ampla do conflito no Oriente Médio.