O plano do presidente Volodymyr Zelensky para acabar com a guerra de quase três anos da Ucrânia com a Rússia recebeu reações mistas dos aliados ocidentais até agora. O “plano da vitória” que Zelensky delineou dentro e fora do país inclui um convite formal para a Ucrânia aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e permissão para usar mísseis ocidentais de longo alcance para atacar alvos militares na Rússia – duas medidas que os aliados de Kiev relutaram em apoiar anteriormente.

O apoio dos Estados Unidos é crucial para que Zelenskyy obtenha o suporte de outros aliados para propostas que ele acredita serem necessárias para fortalecer a posição da Ucrânia no campo de batalha e antes de quaisquer negociações de paz. Mas analistas dizem que é improvável que o governo Biden tome uma decisão antes da eleição presidencial norte-americana em 5 de novembro.

“Eles parecem estar fazendo muito pouco agora e aguardando as eleições”, disse Phillips O’Brien, professor de estudos estratégicos na Universidade de St. Andrews, na Escócia. “Grande parte da estratégia viverá ou morrerá em Washington.”

Analistas apontaram que o plano é um passo na direção certa para os esforços militares da Ucrânia. Eles também o descreveram como ambicioso, dados os temores dos aliados de uma escalada com a Rússia, que possui armas nucleares.

A Ucrânia já garantiu o apoio ocidental para pedidos antes considerados irrealistas, como os sistemas de defesa aérea Patriot e os jatos F-16.

Depois de apresentar o seu caso ao Conselho Europeu, Zelenskyy disse que espera que a Casa Branca dê um feedback. “Eles estarão aqui em breve com alguma forma de resposta”, falou. Fonte: Associated Press