O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato do Partido Republicano à Casa Branca, Donald Trump, voltou a abordar as medidas sobre o ingresso de carros da China no país e disse que pretende impor tarifas de 100%, talvez 200%, às empresas chinesas que fabricam veículos no México.

Em discurso em evento no Clube Econômico de Detroit, Trump reiterou, nesta quinta-feira, que tentará reduzir o imposto das empresas de 21% para 15%, mas só para as companhias que fizerem seus lucros nos EUA.

O ex-presidente voltou a prometer que tornará a indústria automotiva dos EUA mais forte e dinâmica. “Nossa indústria terá um renascimento nunca visto antes”, disse. “Quero que as companhias da Alemanha construam unidades nos EUA”.

E afirmou: “Para países que estiverem roubando nossos negócios, eu colocarei tarifas.”

O candidato republicano citou que quase 4 milhões de empregos foram perdidos nos EUA após políticos globalistas promoverem dois acordos dos quais ele discorda: o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) – que ele aboliu – e a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC). “Foram duas coisas muito caras”, afirmou.

Trump disse ainda que o déficit de US$ 1,8 trilhão será reduzido a praticamente “nada”, se ele for eleito.

Citando o contexto dos preços elevados de carros e imóveis e os níveis altos dos juros em diversos setores da economia americana, Trump disse que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reduziu a taxa básica um pouco rapidamente.