agressao
Reprodução vídeo

O júri popular do delegado Erik Busetti, acusado de matar a esposa Maritza Guimarães de Souza, e a enteada Ana Carolina de Souza, foi adiado para os dias 1º, 2 e 3 de julho. A defesa apresentou o pedido nesta segunda-feira, 8 de abril, data agendada para o julgamento, que foi acatado pelo juiz do Tribunal do Júri, em Curitiba, e teve a concordância do Ministério Público.

A justificativa apresentada foi o pedido de acesso e análise de imagens anexadas ao processo na última sexta-feira, 5 de abril, que totalizam mais de 100 horas de gravação. O vídeo mostra agressão antes de delegado assassinar enteada e esposa a tiros em Curitiba

O crime foi em março de 2020. Maritza tinha 41 anos e era escrivã da Polícia Civil, a filha dela tinha 16 e era estudante. Elas foram mortas dentro da própria casa. Erik Busetti está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele foi preso em flagrante e chegou a admitir o crime no momento da prisão, mas ficou em silêncio no interrogatório.

Segundo a polícia, uma filha de 9 anos do casal estava dormindo no quarto no momento do crime e ouviu os disparos. As investigações apontaram que o delegado disparou pelo menos sete vezes contra a esposa e seis contra a enteada.

Por meio de nota, a advogada que representa a família das vítimas, Louise Mattar Assad, afirmou que “existem provas do crime em vídeo, gravações anteriores em áudio e registros de WhatsApp”.

O delegado foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por duplo feminicídio. As promotoras apontam que Ana Carolina e Maritza não puderam se defender.

No caso do assassinato de Maritza, também incide a qualificadora de motivo torpe porque, segundo a acusação, ele não aceitava os termos do fim da relação. O casal estava junto há cerca dez anos e estava em processo de separação pelo menos um ano antes do crime, conforme o relato de testemunhas e familiares.