(Franklin de Freitas/ Arquivo)

O advogado Claudio Dalledone Junior e a equipe dele deixaram, nesta quinta(2), a defesa do empresário Edison Brittes Junior. De acordo com o comunicado feito à juíza Luciani Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, a decisão tem “motivo de foro íntimo”.

Conforme o documento, Edison Brittes Junior foi comunicado ontem, presencialmente, da decisão. Dalledone explicou, por meio de nota, que se baseou no código de ética. ““Quando a defesa técnica se choca com a autodefesa, a obrigação do advogado é renunciar à causa, conforme preza o código de ética da OAB. Portanto, nesta quarta-feira, Cláudio Dalledone juntou ao processo a carta de renúncia”, diz a nota.

Apesar de ter ter deixado a defesa de Edison Brittes Junior, Dalledone e a equipe permanecem representando Alana Brittes e Cristiana Brittes, filha e esposa de Edison, respectivamente.

“Também nesta quarta-feira, Dalledone requereu ao STJ a baixa dos autos contra Cristiana pugnando pela célere realização do julgamento popular na comarca de São José dos Pinhais”, diz a nota de Dalledone.

O crime

O corpo de Daniel foi encontrado na zona rural de São José dos Pinhais na manhã de 27 de outubro de 2018. Ele apresentava degola parcial e estava com o pênis decepado. As investigações apontaram que o jovem foi assassinado após uma confusão na casa da família Brittes. O jogador havia participado da festa de aniversário de 18 anos de Allana, que ocorreu em uma casa noturna de Curitiba (Boate Shed) e na sequência, seguiu com a família e amigos da jovem para continuar a festinha na casa da garota.

As investigações apontaram que durante a madrugada Daniel entrou no quarto de Cristina Brittes enquanto ela dormia, tirou fotos ao lado dela e enviou para amigos pelo Whatsapp. Foi quando Edison Brittes teria entrado no quarto e espancado o rapaz com ajuda de outras pessoas. Essa parte do crime ainda deve ser esclarecida, para apontar os responsáveis pelo espancamento e de que forma isso aconteceu. Eduardo da Silva, Ygor King, David Silva, convidados da festa, também foram acusados de envolvimento na morte do jogador. Evellyn Perusso, que não está presa, é acusada de falso testemunho.

Edison e Cristiana Brittes respondem pelo crime junto com a filha, Allana, e outros quatro réus: David Willian Vollero Silva, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King. Somente Edison e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva seguem presos.