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UTFPR abre vagas para professores (Divulgação/UTFPR)

Um equipamento que reduz em 90% o custo de análise da estabilidade oxidativa em óleos, biodiesel e alimentos foi o desenvolvido no Paraná. O maquinário é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante de Engenharia Elétrica, Najla Abou Ghaouche Ahmad, do Campus Medianeira, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Durante a elaboração do projeto, ela criou a solução que custa aproximadamente um décimo do preço dos equipamentos disponíveis no mercado. A proposta de Najla combina um bloco digestor comum em laboratórios de análise de alimentos com módulos microcontrolados de leitura de condutividade elétrica, montados em uma estrutura de acrílico.

O modelo de equipamento é utilizado pelas indústrias de alimentos, biocombustíveis, cosméticos e farmacêuticas, principalmente para determinar a vida útil de óleos e gorduras utilizados em suas produções. O equipamento da estudante custa US$ 2 mil, em comparação aos US$ 25 mil do equipamento tradicional, cujo nome comercial é o Rancimat.

Segundo o orientador do projeto, Alex Lemes Guedes, além da produção de alimentos, é possível testar a estabilidade de óleos e gorduras em produtos como cremes e loções; testar aditivos antioxidantes para melhorar a estabilidade de biocombustíveis; além de avaliar a estabilidade de óleos e gorduras utilizados em formulações farmacêuticas, como cápsulas de gel.

Para Alex Guedes, os próximos passos incluem melhorias na estrutura e no software de aquisição de dados do protótipo, além da busca por empresas interessadas em adquirir essa tecnologia.

O projeto também contou com a orientação do professor dos departamentos de Engenharia Elétrica e Física, Leandro Herculano da Silva, utilizando a infraestrutura do Laboratório de Automação e Desenvolvimento (LAD) e do Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Materiais Didáticos (LAPROMAD). O trabalho da equipe foi aceito para publicação na revista Food Analytical Methods e contou com a colaboração de pesquisadores de diversos departamentos do Campus e da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

“Ao reduzir significativamente os custos de análise da estabilidade oxidativa, tornando os testes mais acessíveis para setores como alimentos, biocombustíveis, cosméticos e farmacêuticos, esta pesquisa traz inúmeros benefícios para a sociedade. Isso pode resultar em produtos de melhor qualidade e maior segurança para os consumidores, além de promover a inovação e a competitividade nessas áreas”, explica a estudante.

No próximo semestre, Najla continuará sua pesquisa durante a dupla diplomação no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em Portugal.