3f1
(Pexels)


Preocupado e atento com os casos de assédio, constrangimento e agressões físicas ou morais contra os médicos, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) instaurou uma comissão dedicada exclusivamente ao assunto. A ação é uma resposta após levantamento de dados de pesquisa realizada sobre o tema. No Paraná, 86, 2% dos médicos sofreram algum tipo de violência durante o exercício da profissão nos últimos 12 meses. O questionário recebeu 448 respostas. Entre os 403 que confirmaram agressões, 68,5% relataram ter sofrido violência no serviço público, 25,8% em estabelecimento hospitalar e 19,6% no consultório médico.

Leia mais

Como denunciar agressões físicas ou morais contra os médicos

A Comissão de Prevenção à Violência Contra o Médico terá funcionamento pleno vinculado às demandas, a partir de 1º de agosto, e estará apta a receber denúncias por parte dos profissionais tanto de forma presencial quanto por e-mail e telefone. agressões físicas ou morais contra os médicos

A coordenação da nova Comissão ficará por conta do Dr. Carlos Alexandre Martins Zicarelli (CRM-PR 26.188), e terá em sua composição os conselheiros Edeli dos Santos Pepe (CRM-PR 18.904), Fabricio Kovalechen (CRM-PR 18.715), Kleber Ribeiro Melo (CRM-PR 23.015) e Sergio Medeiros Alves (CRM-PR 27.560).

A nova estrutura de atendimento dedicada às denúncias de violência contra os médicos receberá as informações tanto de forma presencial, na sede da autarquia em Curitiba, quanto por e-mail: [email protected] ou telefone: 41 3240 7800.

A iniciativa da atual gestão do CRM-PR 2023-2028 visa acolher e amparar os médicos através do encaminhamento das denúncias aos órgãos e autoridades competentes. Os casos envolvendo mulheres médicas contarão com apoio da Comissão da Mulher Médica.

Pesquisa: 9,4% relataram violência física

Com relação ao tipo de violência, 79,8% disseram ter sido verbal, 44,1% por sobrecarga de trabalho e 10,1% por abuso ou cerceamento dos planos de saúde. Outros 9,4% afirmaram terem sofrido violência financeira e 9,1% relataram ter sofrido violência física. Quando perguntados se a violência permanece, mais da metade (53%) disseram que sim.
Maioria das vítimas é mulher

Ainda de acordo com a sondagem do CRM, a maioria dos médicos que sofreram violência são mulheres (54,5%). Outros 45,5% são homens.

O tempo de formação em Medicina dos 448 profissionais que participaram da pesquisa aponta que 50,7% estão formados há menos de dez anos; 18,5% têm mais de dez anos; e 30,8% mais de 20 anos.