A BR 476 está menos violenta no trecho que vai do Atuba ao Pinheirinho. No primeiro semestre de 2008, houve 643 acidentes no trecho urbano da antiga BR 116, com 7 mortos e 276 feridos. Em 2007, foram 1.106 acidentes, com 16 mortos e 526 feridos. A média de acidentes por mês é praticamente a mesma, mas caiu a média de vítimas fatais por acidente. Em 2007, houve uma morte a cada 69 acidentes. De janeiro a junho de 2008, ocorreu uma morte a cada 91 acidentes.
“Mesmo com um número muito maior de carros na cidade, o número de acidentes ficou estável e houve redução no número de mortes e ferimentos, o que mostra que a rodovia está menos violenta”, diz o presidente da Urbs, Paulo Schmidt. Em relação a feridos, o número também é menor. Em 2007, era um ferido a cada 2,1 acidentes. Em 2008, é um ferido a cada 2,3 acidentes.
Os números de 2008 revelam ainda menos violência na BR se comparados a 2006, quando houve 1.032 acidentes. Naquele ano, foram 20 mortes, com uma morte a cada 51 acidentes; e 582 feridos, com 1 ferido a cada 1,7 acidente. Os números são da diretoria de trânsito da Urbs.
As ruas de Curitiba ganham atualmente 500 novos carros por dia, conforme dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), que também mostram que a frota de veículos da cidade cresce 7,5% ao ano. O quadro coloca Curitiba como a cidade mais motorizada do Brasil, pela proporção de carros em relação ao número de habitantes. A proporção é de um carro para cada 1,8 habitante. A cidade de São Paulo, que tem a maior frota do País em números absolutos, com seis milhões de carros, ganha 800 carros novos por dia e tem um carro para cada 2,5 habitantes.
O número de veículos nas ruas de Curitiba não pára de crescer. Em 1996, a cidade tinha 566.967 automóveis. Em onze anos, a frota praticamente dobrou, terminando 2007 com 1.035.819 veículos. “A Prefeitura de Curitiba investe na melhoria da infra-estrutura urbana, mas é cada vez mais importante que cada motorista tenha consciência do impacto do ato de dirigir sobre a coletividade e faça uso racional do automóvel”, afirma Schmidt.
Parte do trecho urbano da BR 476 está em obras. A Prefeitura de Curitiba está construindo a primeira fase da Linha Verde, do Pinheirinho ao Jardim Botânico, num trecho de 9,4 quilômetros. Apesar das obras, a rodovia nunca fechou para o trânsito.