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Luis Pedruco

Dezenas de mulheres tomaram o Calçadão da Rua XV de Novembro em Curitiba nesta segunda-feira, 22 de julho. Elas se uniram a outras mulheres que em várias cidades do interior realizaram a 2ª Caminhada do Meio-Dia como parte das ações do Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. Em Curitiba, a concentração começou às 11h30, na Praça Santos Andrade. Elas percorreram a Rua XV de Novembro, em direção à Praça Osório.

Instituída pela Lei estadual nº 19.873/2019, da deputada Cristina Silvestri (PSDB), a data reforça a conscientização sobre o tema, cujos dados estão em alta: o número de mulheres vítimas de feminicídio aumentou 59% no Paraná, em um ano. Foram 35 ocorrências de janeiro a abril de 2024. No mesmo período no ano passado, a quantidade de vítimas chegou a 22.

O levantamento é da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp) referente ao primeiro quadrimestre. As outras estatísticas envolvendo a população feminina também tiveram aumento em 12 meses. Os casos de violência contra mulher, por exemplo, subiram 5%, já de violência doméstica quase 11%.

Dia D

A data de 22 de julho foi escolhida como o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio em referência à morte da advogada Tatiane Spitzner, de Guarapuava. Aos 29 anos, em 2018, Tatiane foi morta e jogada da sacada do prédio onde morava com o marido, Luis Manvailer, conforme concluiu o julgamento que o condenou a mais de 30 anos de prisão pelo crime.

A Lei estadual nº 19.873/2019 tem como objetivo incentivar e unificar ações de combate em um “Dia D”, quando órgãos públicos, entidades, associações, lideranças políticas e sociedade civil organizada centralizam o discurso em uma única pauta: a necessidade de interromper o ciclo da violência doméstica e evitar feminicídios. “Queremos garantir um dia de luta em que a sociedade e às instâncias públicas possam se reunir em torno de ações e de conferências de políticas de combate ao feminicídio”, explicou a autora, deputada Cristina Silvestri.