Agencia Trabalhador
Indicadores refletem bom momento da empregabilidade (Geraldo Bubniak/AEN)

O número de desalentados no Paraná recuou no segundo trimestre de 2024 e atingiu o menor nível desde o terceiro trimestre de 2015. É o que revelam informações da PNAD Contínua, pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

São consideradas desalentadas aquelas pessoas que estavam disponíveis para assumir um trabalho na semana de referência, mas que ainda assim não tomaram providência para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias. Ou seja, são pessoas que desistiram de buscar um emprego, por motivos diversos.

No Paraná, o desalento afetava, no segundo trimestre de 2024, cerca de 60 mil pessoas. Isso equivale a 0,9% do total de trabalhadores que estavam na força de trabalho (aqueles que tem 14 anos ou mais de idade e estão trabalhando ou procurando emprego) ou desalentadas. Em todo o país, apenas o estado do Mato Grosso (com 16 mil pessoas em desalento) apresenta uma proporção menor, de 0,8%. Em todo o país, por outro lado, há 3,25 milhões de desalentados, o equivalente a 2,9%.

Além do bom desempenho em relação às demais unidades da federação, no entanto, o resultado alcançado no segundo trimestre de 2024 é também um dos melhores na última década para o Paraná. Isso porque a última vez em que o número e o porcentual de pessoas que haviam desistido de procurar um emprego atingiu um nível tão baixo foi no terceiro trimestre de 2015. Na ocasião, os desalentados somavam 35 mil pessoas, o equivalente a 0,5% da população na força de trabalho ou desalentada.
Isso motiva todo mundo”.

Desempregados
Além da queda no número de pessoas que haviam desistido de procurar um emprego, o Paraná também registrou no último semestre um importante recuo na taxa de desocupação, que caiu de 4,8% (1º semestre de 2024) para 4,4% (2º semestre deste ano). Com isso, o número de desempregados acabou recuando 8,2%, passando de 279 mil pessoas para 304 mil.

Dessa forma, não surpreende que o nível da ocupação (que é o porcentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas em idade de trabalhar) tenha também avançado, de 62,3% para 62,4%. Dessa forma, a população ocupada no Paraná cresceu de 6,001 milhões para 6,006 milhões entre o primeiro e o segundo semestre deste ano, um avanço de 0,1%.

Estado atinge menor taxa de desemprego desde 2014
Com uma série de recordes nos índices de empregabilidade, o Paraná alcançou no segundo trimestre de 2024 a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos, na comparação com o mesmo período dos anos anteriores.

O índice ficou em 4,4%, o menor desde o segundo trimestre de 2014, quando a taxa de desocupação foi de 4,3%. No período, o Estado também atingiu os maiores números absolutos de pessoas ocupadas e de trabalhadores com carteira assinada no setor privado.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além de ser a menor taxa em 10 anos para o período, o índice de desocupação paranaense de 4,4% entre abril e junho de 2024 também ficou abaixo da média nacional. De acordo com a pesquisa, o Brasil registrou 6,9% de trabalhadores desocupados nos mesmos meses.

“Gerar empregos é a melhor forma de garantir desenvolvimento. Por isso temos trabalhado para criar um bom ambiente de negócios no Estado e atrair investimentos. Isso se reflete nos índices de contratação e de aumento da renda que temos registrado no Paraná”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O índice paranaense também é o sexto mais baixo do Brasil, atrás de Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,3%), Mato Grosso (3,3%), Mato Grosso do Sul (3,8%) e Tocantins (4,3%). Com taxas maiores de desempregados estão, por exemplo, Espírito Santo (4,5%), Goiás (5,2%), Minas Gerais (5,3%), São Paulo (6,4%), Rio de Janeiro (9,6%) e Bahia (11,1%).

“A taxa de desemprego do Paraná permanece como uma das menores do país. Isso reflete o impacto positivo das ações adotadas pelo Governo do Estado para alavancar a empregabilidade, colocando o Estado em destaque nacional no ranking de saldo de novos empregos e mantendo sempre as primeiras posições”, afirmou o secretário de Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes.cura, como as escolas de vôlei e handebol, que estão otimistas por novas matrículas após o término da Olimpíada.

Salário
Renda média do paranaense sobe


A renda média dos trabalhadores no Paraná aumentou 6,7% em um ano – entre o 2º trimestre de 2023 e o 2º trimestre de 2024. O percentual representa a variação dos ganhos mensais das pessoas com 14 anos ou mais ocupadas no Estado, cujos dados mais recentes integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outro avanço ocorreu na equidade de gênero, com as mulheres diminuindo a diferença de remuneração para os homens no Estado.

No intervalo entre os dois trimestres analisados, que compreendem o período entre abril e junho dos dois anos mais recentes, o rendimento médio dos trabalhadores passou de R$ 3.239 para R$ 3.457 ao mês no Paraná. Essa melhoria representou o 7º maior aumento proporcional entre os 26 estados e o Distrito Federal para o período, em que apenas 10 unidades da Federação registraram ampliação no rendimento médio das pessoas empregadas.

O 2º trimestre de 2024 também marca o 6º trimestre seguido de aumento na remuneração média das pessoas que trabalham no Paraná. O desempenho fez com que o Estado ultrapassasse o Mato Grosso do Sul na remuneração média dos trabalhadores nos 12 últimos meses analisados. Com isso, o Estado tem agora os empregados com o 7º maior rendimento médio mensal do Brasil.
Segundo o presidente do Ipardes, Jorge Callado, o aumento real dos salários no Paraná, acima dos índices de inflação, é consequência de um mercado de trabalho aquecido. “O Estado vem registrando seguidos decréscimos nas taxas de desocupação, o que ajuda a impulsionar o salário médio dos trabalhadores”, comentou.

Além do crescimento geral da renda dos trabalhadores, o mercado de trabalho paranaense também demonstra uma evolução na redução das desigualdades de gênero. Apesar disso, o levantamento do IBGE demonstra que ainda há espaço para mais avanços.

Enquanto o rendimento médio das mulheres ocupadas cresceu quase 9%, passou de R$ 2.667 para R$ 2.906, a remuneração dos homens variou 5,6%, subindo de R$ 3.659 para R$ 3.865. Com isso, a diferença nos ganhos por gênero caiu de R$ 992 para R$ 959 ao mês.