De acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), entre janeiro e junho de 2024 foram registrados 1.066 vítimas de afogamento no Estado. O número é 17% maior do que o mesmo período de 2023, quando 913 casos foram notificados.
Essa alta no número de ocorrências já vinha desde o final do ano passado. No último Verão Maior Paraná, a atuação dos bombeiros em casos de afogamento mais do que dobrou em relação ao ano anterior, de 73 para 156 – salto de 113,70%. Os resgates subiram cerca de 28%, de 1.210 para 1.545.
Os números foram apresentados como alerta, já que o último dia 25 de julho foi o Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
O Paraná encampou o movimento do Julho Azul, e o Palácio Iguaçu ficou iluminado nesta cor até o início de agosto, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção de afogamentos.
Mesmo com a data oficial sendo celebrada no fim de julho, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) incentiva que a iluminação dos monumentos das cidades siga durante as semanas seguintes à celebração.
Na Operação Verão, apesar de todo o esforço de conscientização e de orientação aos banhistas, muita gente ainda arriscou a vida em locais inapropriados para banho, sem a presença de postos de guarda-vidas ou fora do horário de funcionamento desses postos.
Mais quente
Em parte, o aumento das ocorrências por afogamento coincidem com um ano bem mais quente que a média histórica no Estado, embora não se possa atribuir isso como motivo para a alta.
O inverno deste ano, por exemplo, começou em junho e tinha a previsão de temperatura no Paraná em torno de 1ºC a 2ºC acima da média para a estação, consequência do fenômeno La Niña.
A temperatura no inverno na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), por exemplo, segundo a previsão inicial do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), iria oscilar entre 9,5º e 23,3ºC.
