Quem passou nos últimos dias por perto do Círculo Militar, no Centro de Curitiba, viu uma cena encantadora. No Largo Bittencourt (a pracinha que fica bem em frente ao Círculo), começou a “nevar” algodão recentemente, um curioso fenômeno que acontece todos os anos, quando a primavera se aproxima. A estação do ano que sucede o inverno e precede o verão é tipicamente associada ao reflorescimento da flora terrestre e a “chuva de algodão” é uma das maravilhas da natureza que são próprias dessa época e que já começam a se revelar pela Capital.
Mas afinal, você sabe o que causa esse fenômeno? O que, afinal, é esse tipo de lã ou algodão que fica voando pelo Centro da cidade?
Trata-se de paina, que é uma fibra obtida do interior do fruto da árvore da Paineira. Um material, inclusive, que costuma ser usado como enchimento de colchões e travesseiros.
O que ocorre é que os frutos das paineiras, que são umas cápsulas verdes, rebentam quando maduros. Isso faz com que sejam expostas as sementes, que ficam protegidas dentro dos frutos da árvore. Esses sementes, por sua vez, ficam envoltas em fibras finas e brancas, as painas, que auxiliam na flutuação da semente.
Todos os anos, inclusive, o fenômeno das painas e sua “neve de algodão” chama a atenção dos curitibanos. Motoristas que passam pelo local e param no semáforo, por exemplo, já se “armam” com seus celulares e fazem registros da curiosa cena. Entre os transeuntes, a situação não é diferente. Alguns anos atrás, aliás, o Bem Paraná flagrou até um taxista que estava na região e foi verificar de perto o espetáculo, comentando que aproveitaria para pegar uma sacola e juntar os ‘algodões’, a fim de fazer um travesseiro – como já citado, a paina das paineiras brancas são utilizadas na confecção de colchões e travesseiros, ao passo que a sua casca serve para fazer remédio.
