furacao milton
Olho do furacão Milton ( NASA / CSU/CIRA & NOAA)

O furacão Milton atingiu a Flórida por volta das 21h30 desta quarta-feira (9), conforme informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). Com ventos estimados em 205 km/h, o fenômeno tem potencial para causar danos significativos, como destruição de casas e queda de árvores. Os meteorologistas alertam que Milton pode elevar a maré em até 4 metros, provocando inundações na região.

Para a paranaense Melissa Perez, a preparação para “enfrentar” um furacão já é parte da rotina. Ela mora com o marido e os dois filhos há 15 anos em Vero Beach, na costa leste da Flórida, e conta que as medidas de segurança começaram assim que soube que sua área poderia ser afetada.

Apesar da intensidade do furacão, Perez acredita que a tempestade perderá força ao chegar à sua região. O Milton foi classificado como de categoria 3, em uma escala de 1 a 5, sendo 5 a mais grave. A fisioterapeuta comenta que as pessoas estão habituadas com a temporada de furacões, que vai de junho a novembro. “Nós estamos bem preparados, com proteção de metal nas janelas, comida enlatada, lanterna. Já passamos por isso antes. Nós vamos encarar mais esse, já estamos acostumados.”

A paranaense descreveu a corrida para encontrar itens essenciais nos últimos dias. “Ontem já estava difícil achar água, comida enlatada, pilhas e gás. Hoje, os supermercados estavam fechados. Eu consegui comprar água para minha vizinha em uma farmácia, porque ela não achou em nenhum lugar”

Os sinais da tempestade já começam a aparecer em Vero Beach, com cortes de energia em áreas próximas. “A luz aqui já começou a cair, mas ainda não ficamos totalmente sem. Alguns amigos já estão sem luz”, comenta Perez.

Além da preparação individual, as autoridades locais têm tomado medidas preventivas, isso porque está chovendo bastante há pelo menos três dias na região. A prefeitura abriu abrigos desde terça-feira e distribuiu sacos de areia para conter a água.

As autoridades recomendaram que os moradores evacuassem as residências, para evitar catástrofes como as que assolaram o país no final de setembro, com a chegada do furacão Helene.

A passagem do Helene pelos Estados Unidos resultou numa devastação significativa. Pelo menos 200 pessoas perderam a vida, tornando-a uma das tempestades mais mortíferas desde o furacão Katrina, em 2005. Milhões de casas ficaram sem energia em vários estados. A tempestade causou destruição generalizada de infra-estruturas, deixando muitas comunidades com dificuldades de recuperação.