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iPhone de ouro é encontrado entre os pertences dos influencers que vendiam rifas ilegais.(Divulgação)

Uma operação mira influenciadores digitais no Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais suspeitos de promoverem rifas ilegais. A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) cumpre seis mandados de busca e apreensão As equipes cumprem seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Itapema (SC)Balneário Camboriú (SC) e Belo Horizonte (MG).

A ação foi deflagrada nesta manhã de terça-feira, 20 de agosto. Os influenciadores digitais são investigados por promover rifas ilegais de veículos e valores em dinheiro nas redes sociais. Com isso, apenas no último ano, o grupo teria obtido ganhos de R$ 25 milhões. Entre os materiais apreendidos estão carros de luxo avaliados em mais de R$ 4 milhões e iPhone de ouro avaliado em R$ 42 mil.

O influenciador de Rio Branco do Sul, na Grande Curitiba, é Matheus Sales. Ele soma mais de 480 mil seguidores pelas redes sociais. Ele promovia rifas ilegais de carros de luxo nas redes sociais.

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O influenciador digital do Paraná, Matheus Sales, realizava rifas ilegais pelas redes sociais (Reprodução Instagram)

Já o de Belo Horizonte é conhecido como Nelio Dgrazi, tem mais de 1,3 milhão de seguidores.

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Conforme o delegado Gabriel Fontana, da Polícia Civil do Paraná, além da promoção ilegal de rifas, os suspeitos também são investigados por lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime contra a economia popular.

A Justiça também autorizou o bloqueio de aproximadamente R$ 25 milhões na conta dos investigados, valor obtido por meio de rifas no último ano. As contas dos suspeitos nas redes sociais, além de um site onde realizavam os sorteios, foram suspensos.

O delegado ressalta que as rifas de veículos e valores só podem ser realizadas forem autorizadas pelo Ministério da Fazenda. “Não atendidos tais critérios, são consideradas contravenção penal”, falou.

O esquema das rifas dos influenciadores

O delegado explica que, nos sorteios, o comprador ganha um “número da sorte” entre 1 e 9.999.999. Nos sorteios regulares, baseados na loteria federal, são utilizadas apenas 5 dezenas, em composições que variam de 01 a 100.000. “Há fortes indícios de que tais sorteios sejam fraudados para que os valores nunca saíssem de dentro do grupo criminoso”, explicou.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de lavagem de capitais, associação criminosa, crime contra a economia popular e pela contravenção de promoção de jogo de azar.