Cristiano no Paraná Clube
Cristiano no Paraná Clube (Crédito: Valquir Aureliano)

“Você está louco de ir para o Paraná Clube”. Essa frase foi repercutida durante esta semana entre os jogadores do Paraná, que está na segunda divisão estadual e passou por seguidos rebaixamentos e crises financeiras. Neste domingo (14), o time enfrenta o Patriotas no Couto Pereira, valendo uma vaga na primeira divisão. Agora que estão a um passo de retornar à elite, os jogadores falam sobre a ansiedade do momento e rebatem as críticas por terem aceitado disputar uma segunda divisão – críticas inclusive de jogadores que não aceitaram vir.

“Vários atletas escutaram isso (estão loucos) de alguém, por conta da situação do clube”, disse o zagueiro Félix Jorge, em entrevista coletiva. “A gente sabe que o momento é complicado. Mas o que a gente vem construindo, todo o marketing, nos faz chegar à conclusão que louco é quem não aceitou esse desafio. É complicado para quem não tem visão de futuro. A gente está acostumado a esse tipo de crítica”.

“Também ouvi isso (risos). Mas sou um cara que não estou ligado no que falam de fora. Vou pelo meu coração. Sentei com minha família e decidir vir”. ”, falou o atacante Cristiano. “Digo que não vim para jogar uma segunda divisão, vim para jogar pelo Paraná. Louco é quem não veio”.

Cristiano falou também sobre a atmosfera para este domingo. “Está sendo uma loucura maravilhosa. Estivemos com Serginho (Cabeção, que jogou no Paraná entre 1990 e 1992), ele fez uma pergunta: ‘qual o momento mais marcante?’ Para mim, foi na Arena (quando o Paraná estreou e venceu o Nacional por 1 a 0)”, disse o jogador. “Mas o principal, o que vou mais gostar, vai ser no domingo, quando o juiz apitar o final do jogo e estiver 1 a 0 para nós, 2 a 0, não sei, mas o Paraná vencendo”.

Félix Jorge afirmou que a missão de recolocar o Paraná na primeira divisão é o que move os jogadores. “Alguns dos atletas, vários dos que estão aqui, são movidos pelo desafio. É assim desde o momento em que a gente sai da nossa casa. A gente aceita desafio onde as pessoas não veem futuro”, disse ele. “A gente sabe que o trabalho é sério, é uma comissão de respeito. Dá respaldo para aceitar o desafio. As pessoas que não aceitaram têm um pouco de inveja. Vai representar muito para mim, será o acesso mais importante da minha carreira”.