Entre os meses de junho e setembro, o Litoral do Paraná registrou 995 ocorrências de animais marinhos, ou seja, oito por dia. Os números são do monitoramento realizado pela equipe técnica do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (LEC-UFPR), por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). A maior parte dos registros foi de aves marinhas e costeiras, mais de 600 indivíduos, seguidos por tartarugas marinhas e mamíferos marinhos. Este aumento nas ocorrências de animais encalhados durante o inverno é verificado anualmente, principalmente devido ao processo migratório de diversas espécies, que, muitas vezes, encontram dificuldades para completar suas viagens ou são afetadas por fatores ambientais, como mudanças climáticas e poluição.
Leia mais
- Refúgio Biológico da Itaipu, no Paraná, registra nascimento de espécie seriamente ameaçada
- Depois das eleições municipais, atenções se voltam para a temporada de verão no Paraná
As aves marinhas, como os pinguins-de-Magalhães, são frequentemente avistadas nessa época, exaustas ou debilitadas após percorrerem grandes distâncias. A presença de tartarugas marinhas, como tartarugas-verde e tartarugas-cabeçudas também é significativa neste período. A maior ocorrência de animais mortos neste período tem relação com as condições climáticas e oceanográficas que podem trazer com mais força os animais debilitados e carcaças para a costa.
É muito importante, que ao avistar animais marinhos nas praias, as pessoas evitem qualquer tipo de contato direto e acionem imediatamente a equipe de monitoramento PMP-BS/UFPR
Sobre o projeto de monitoramento de animais marinhos
A realização do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, para as atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos. No estado do Paraná, Trecho 6, essa condicionante é realizada pela equipe LEC/UFPR (@lecufpr e www.lecufpr.net)