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Em seis meses, mais e mil animais silvestres foram atendido pelo Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná. Ao todo, 1.099 animais silvestres passaram por um dos quatro Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) no primeiro semestre de 2024.

O núcleo de Londrina liderou, com 660 assistências, seguido por Cascavel (180), Guarapuava (144) e Maringá (115). O montante é ligeiramente inferior quando comparado com o mesmo período de 2023, que fechou com 1.172 consultas veterinárias.

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O atendimento é viabilizado através de convênios entre o órgão ambiental e instituições de ensino. As parcerias são com o Centro Universitário Filadélfia (Unifil), de Londrina, acordo recentemente renovado até 2029; Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), de Guarapuava; Centro Universitário de Cascavel (Univel) e Unicesumar, de Maringá.

Um quinto centro, dentro do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, na região Oeste, começa a funcionar ainda neste ano. O investimento global do Governo do Estado, entre 2020 e 2024, foi de aproximadamente R$ 1 milhão. Mais de 5,2 mil animais foram atendidos no período. O IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

“Com o aporte de recursos, estamos ampliando e melhorando o atendimento que é prestado à fauna silvestre no Paraná. Estamos falando de um trabalho muito importante para a conservação da biodiversidade do Estado, uma proposta em que todos ganham: Estado, universidades e a fauna”, destacou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.

Atendimento de animais da fauna silvestre

Segundo a Resolução Conjunta Sedest/IAT Nº 3 de 2022, o Centro de Apoio à Fauna Silvestre é um local preparado para receber, identificar, marcar, triar, avaliar, e estabelecer tratamento veterinário para animais acolhidos por órgão ambiental em ações de fiscalização, resgates ou entrega voluntária por particulares.

A permanência dos animais depende do tempo necessário para sua recuperação. O destino pode ser a soltura no habitat natural ou, quando é um risco devolvê-los para a natureza, são encaminhados a criadouros habilitados pelo IAT, ou mantenedores individuais, igualmente habilitados pelo órgão ambiental.

Os atendimentos variam a cada caso, mas consistem na avaliação do animal e, se preciso, o tratamento de doenças, acompanhamento biológico, uso de medicações e curativos e procedimentos cirúrgicos – o que não é uma obrigação das CAFS, mas que podem ser realizados no local. Esse tipo de atenção ajuda a proteger a fauna silvestre e a prevenir o aumento de animais em risco de extinção.

Estudantes são preparados para atender animais silvestres

Além dos cuidados com fauna silvestre, os CAFS ajudam também na profissionalização de estudantes da área e compartilhamento de conhecimento. Em Londrina, por exemplo, a Unifil aproveita a parceria com o IAT para trabalhar a educação ambiental em escolas públicas e privadas a partir das questões diárias enfrentadas pelos profissionais e estudantes da área, com temas como a violência animal, problemáticas do comércio e cativeiro ilegal de animais silvestres, sofrimento animal e a preservação da biodiversidade.

“É uma parceria que traz benefícios para a cidade, para a região e para os nossos alunos. O que nós mais queremos é qualificar os nossos alunos para os diferentes campos de atuação da medicina veterinária”, completou o reitor da Unifil, Eleazar Ferreira.

Denúncia sobre animais silvestres

Ao avistar algum animal silvestre ferido ou para denúncias de atividades ilegais contra animais, entre em contato por meio da Ouvidoria do Instituto Água e Terra (IAT) ou com o Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde, da Polícia Militar do Paraná.

Se preferir, ligue para o Disque Denúncia 181. Informe de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.