O domingo (29) em Curitiba teve a realização da Marcha da Maconha, evento que vem se tornando tradicional na cidade, e que ganhou força neste ano após a histórica decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de determinar uma quantidade de porte para uso pessoal sem configurar tráfico.
A marcha reuniu um bom grupo de pessoas (mas sem estimativa divulgada). A organização da marcha esperava milhares de participantes.
Os participantes se reuniram durante a tarde na Boca Maldita, para depois sair em passeata pelas ruas centrais carregando faixas e cartazes abordando a descriminalização do uso.
Veja fotos de Luis Pedruco:
Outras bandeiras também levantadas pelo movimento além da Marcha da Maconha:
- A superação da crise climática: A Marcha chama atenção para a necessidade urgente de ações que enfrentem as mudanças climáticas e seus impactos devastadores, principalmente para as populações mais vulneráveis. A crise ambiental está interligada com a exploração de terras e com a exclusão de pessoas, principalmente periféricas
- Vida e dignidade das mulheres: A luta pela legalização da maconha também é uma luta pela autonomia das mulheres. A Marcha reforça a importância de garantir direitos reprodutivos, de enfrentar a violência de gênero e de promover a igualdade em todos os âmbitos da sociedade.
- Liberdade da planta e de todos os corpos: A Marcha defende a liberdade não apenas da planta, mas também dos corpos marginalizados e criminalizados pela política de drogas. O movimento social busca desmantelar as estruturas de repressão e controle dos corpos, que afetam desproporcionalmente a população negra e periférica.
- Farmácias Vivas: A Marcha também apoia a implantação do programa “Farmácias Vivas”, previsto na política do SUS e na política nacional de fitoterápicos, que educa, instala cultivos comunitários e promove o uso racional de plantas medicinais no tratamento de diversas condições de saúde. A maconha é uma dessas plantas, e o movimento acredita no acesso ampliado à medicina natural e popular.