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(Foto: IAT)

Claudinei Pereira, de 41 anos, morreu após sofrer queimaduras em 90% do corpo quando trabalhava para tentar conter um incêndio ambiental em campo de cana-de-açúcar na cidade de Paraíso do Norte, no Noroeste do Paraná. O homem chegou a ser internado no Hospital Universitário de Maringá, mas não resistiu e morreu nesta sexta-feira (23).

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A vítima trabalha em uma usina de cana de açúcar no município.

De acordo com Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o incêndio começou na quarta-feira (21) em uma área perto da usina. O trabalhador estava em um trator que pegou fogo.

Incêndios e qualidade do ar

Os múltiplos focos de incêndio registrados no País nos últimos dias impactaram diretamente na qualidade do ar no Paraná. Mas, ainda assim, os índices ainda se mantêm em um nível aceitável em razão de diferentes ações coordenadas pela equipe de Gerenciamento da Qualidade do Ar do Instituto Água e Terra (IAT). O setor, em fase de expansão, analisa atualmente informações coletadas por 11 estações espalhadas pelo Estado.

Dados monitorados desde a última sexta-feira (16), período em que as ocorrências se intensificaram, revelam que o nível de partículas no ar sofreu uma elevação acima da média. Na região de Curitiba, onde foram registradas as maiores médias diárias de poluentes, o número de Partículas Inaláveis (MP10) chegou a 106,42 μg/m³, enquanto as Partículas Respiráveis (MP2,5) atingiram 57,83 μg/m³ (padrão de qualidade do ar). Antes das queimadas, de acordo com a série histórica levantada pelo IAT, a média diária de MP10 ficava na faixa entre 10,3 μg/m³ e 52,38 μg/m³ na cidade, enquanto as médias de MP 2,5 se mantinham entre 3,31 μg/m³ e 24,67 μg/m³.