O motorista da carreta que tombou sobre uma van que matou nove pessoas na BR-376, em Guaratuba, prestou depoimento à Polícia nesta terça-feira, 22 de outubro. Nicollas Otilio de Lima Pinto, de 39 anos, disse que o veículo apresentou problemas ao longo da viagem e passou pelas mãos de um mecânico duas vezes no domingo, 20 de outubro.
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O depoimento foi feito por chamada de vídeo, segundo o delegado responsável pelas investigações, Edgar Santana. A van transportava o time de remo do Projeto Remar para o Futuro, de Pelotas, no Rio Grande do Sul. No acidente morreram sete atletas, o coordenador da equipe e o motorista da van.
O motorista da carreta, que também é de Pelotas, contou que saiu de Santos em São Paulo para levar a carga de 30 toneladas de peças de ferro para a Argentina. No entanto, no sábado (19), enquanto passava pelo Paraná, a carreta começou a apresentar problemas.
O motorista relatou ter parado o veículo assim que notou o problema e acionado o guincho da concessionária que administra o trecho. O caminhão foi então levado até um posto em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, onde o motorista disse ter acionado o dono da carreta.
Após um mecânico ter consertado o veículo, ele seguiu viagem. O problema apareceu após ele ter percorrido um quilômetro. A carreta foi guinchada mais uma vez. Desta vez foi levada para uma base operacional, onde o mecânico foi chamado. Ele mexeu mais uma vez no veículo e o motorista continuou a viagem. No entanto, ao se aproximar do trecho de serra, a falha reapareceu. Foi quando houve a tragédia.
A polícia agora aguarda o resultado de laudos para verificar se a causa do acidente foi, de fato, problema mecânico.
As vítimas foram
- Samuel Benites Lopes, 15 anos
- Henry da Fontoura Guimarães, 15 anos
- João Pedro Kerchiner, 17 anos
- Helen Belony, 20 anos
- Nicoli Cruz, 15 anos
- Angel Souto Vidal, 16 anos
- Vitor Fernandes Camargo, 17 anos
- Oguener Tissot (coordenador), 43 anos
- Ricardo Leal da Cunha (motorista), 52 anos
O atleta João Milgarejo, de 17 anos, que também estava na van, foi resgatado com ferimentos leves e levado, junto com o motorista da carreta, para o Hospital São José, em Joinville, Santa Catarina.
As medalhas conquistadas pelos atletas foram encontradas no local da batida, foram recolhidas e levadas até o Aeroporto Afonso Pena, na Região Metropolitana de Curitiba. As medalhas foram embarcadas no avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que levou os corpos para Pelotas, onde foram veladas coletivamente na sede campestre do clube Centro Português 1º Dezembro.