Número de atendimentos de emergência em ambulância e aeromédico cresce no Paraná

Redação Bem Paraná com assessoria
ambulância Samu

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu 15.738 paranaenses a mais no primeiro semestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2023. Este ano, o Estado registrou 610.174 atendimentos, contra 594.436 no ano passado. Os números incluem os atendimentos realizados por 282 ambulâncias, seis aeronaves e duas motolâncias coordenadas por 12 Regulações descentralizadas

O número de transferências de urgência realizados com ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) cresceu 15,5% e de aeronaves, 14,8%. No primeiro semestre de 2023 foram realizadas 86.609 transferências terrestres com ambulâncias do Samu e 378 com a aeronave da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Este ano o número saltou para 100.095 terrestres (+15,5%) e 434 aéreas (+14,8%).

No período, o Samu atendeu 15.738 paranaenses a mais se comparado ao mesmo período de 2023. Foram registrados 610.174 atendimentos frente aos 594.436 no ano passado. Os números incluem os atendimentos realizados por 282 ambulâncias e seis aeronaves coordenadas por 12 Regulações descentralizadas.

Essas Regulações garantem a cobertura integral de todo o Paraná pelo serviço. O secretário de Estado da Saúde, César Neves, relembrou que em 2019 o Estado possuía apenas 68% de cobertura, realidade que mudou com investimentos do Governo do Estado.

“Graças a um trabalho árduo das nossas equipes de Urgência e Emergência, atingimos 100% do território paranaense coberto pelo Samu em 2022. Esses atendimentos são fundamentais para garantir uma assistência rápida e eficaz na missão de salvar vidas no Estado”, disse.

Medicamento

Desde 2020, a Sesa adquire, com recursos próprios, a medicação Tenecteplase usada para tratamento de ataque cardíaco. O Paraná é o único estado do país que utiliza esse trombolítico já no Atendimento Pré-Hospitalar (APH) de pacientes infartados, por meio do Samu, antes de encaminhá-los ao hospital.

O medicamento atua na desobstrução da artéria bloqueada, restaurando o fluxo sanguíneo e minimizando o dano ao músculo cardíaco. Melhora a dor no peito e a falta de ar, reduzindo as chances de complicações como insuficiência cardíaca, arritmias e até mesmo morte.

Após receber esse medicamento, o paciente tende a ter o quadro estabilizado, garantindo melhores condições clínicas até chegar a um hospital.

Cada ampola do medicamento custa R$ 7.320,00 e é disponibilizada em 59 ambulâncias de suporte avançado do Samu e em seis aeronaves que atendem urgência no Estado. Somente este ano foram utilizadas 224 ampolas e, nestes quase cinco anos de uso, o Estado soma mil pacientes atendidos, num investimento de mais de R$ 7,3 milhões do Tesouro do Estado.

Atendimento aeromédico

O atendimento aeromédico é operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência e suas centrais. O serviço do Paraná é referência nacional e cada base de helicóptero é responsável por uma área de atendimento de até 250 quilômetros do seu ponto de origem, com voos de até duas horas de duração para possibilitar ida e volta sem a necessidade de reabastecimento.

Atualmente, todo o Paraná é coberto por cinco bases aeromédicas, que atuam de forma coordenada e complementar. Em Curitiba ficam alocados dois helicópteros, um da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e um do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas do Paraná (BPMOA), além de um avião da Sesa. Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa contam com um helicóptero cada, contratados pela Sesa junto à empresa Helisul, via licitação.

Dados da Sesa mostram que este ano o serviço aeromédico do Estado já registrou 1.565 atendimentos. No mesmo período no ano passado foram 1.601. Os números incluem as remoções de trauma e atendimentos relacionados ao transporte de órgãos para transplante. Em 2023 o serviço bateu recorde histórico em atendimentos, com mais de 4 mil ocorrências.

Todos os serviços aeromédicos do Paraná são financiados com recursos do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde. Anualmente, o contrato dos helicópteros de Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa e do avião alocado em Curitiba, prevê um investimento de até R$ 85,5 milhões, dependendo do uso durante o período.

A pasta também repassou, somente no ano passado, R$ 13,5 milhões por meio do Fundo Estadual de Saúde para o Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), além de custear as equipes médicas do Samu, que prestam os atendimentos aeromédicos, num montante de R$ 4,3 milhões em 2023.