A  Central Única das Favelas no Paraná (Cufa) visa desenvolver atividades de educação, cultura, cidadania e desenvolvimento humano, além de capacitar os jovens das comunidades a produzir e veicular a cultura hip hop. A organização trabalha com os quatro elementos do hip hop (rap, grafite, break, dj), com audiovisual, basquete de rua, literatura, projetos sociais e com o meio ambiente. “O trabalho social que a Cufa faz com as comunidades é demais. Esse espaço que nos oferece serve para mostrar a todas as classes sociais as qualidades que o gueto tem a oferecer”, conta Deivison, o B. Boy.

Quando a periferia passa a ser tema da produção cultural, a Cufa se importa em marcar essa posição. “A periferia é um personagem que deve falar por si, ter voz própria, e participar do diálogo cultural, político e social de igual para igual com os outros grupos sociais”, comenta Davi. “A Cufa quer articular a própria comunidade para deixar de ser coadjuvante e passar a ser protagonista”, completa.

Os jovens que fazem parte da ONG vêem nela uma oportunidade. “A Cufa enxerga no ócio uma oportunidade. Na realidade em que vivemos, onde o crack prevalece sobre o papel e a caneta, uma entidade como essa é a luz que precisamos”, afirma Davi.  “Nós acreditamos nos ideais da Cufa e estamos depositando toda a nossa confiança nisso. A Cufa no Paraná ainda está engatinhando. É considerada o bebezinho das Cufas, mas o novo sempre nos dá uma esperança a mais”, finaliza Adeguimar José da Silva, o Sombra, coordenador da Seletiva Estadual de Basquete de Rua (Sebar). A Cufa no Paraná Curitiba trabalha com as comunidades do Guaritiba, Educandário São Francisco, Curitiba e Ponta Grossa.